Mais um ano indo embora, mas ficam as tendências. Afinal, se tem uma coisa que as vítimas da moda não podem reclamar é que 2024 trouxe variedade estética para todos os gostos!
Aos minimalistas, o buffet contou com roupas sem muitas estampas, paleta de cores fechadas e a febre do CLT core, ou office siren. Já os maximalistas se serviram das estéticas mob wife e ugly chic, das bermudas, das curtíssimas saias balonê e de acessórios extravagantes.
Veja 15 tendências que bombaram em 2024... E prometem ficar!
Boho
Dos primórdios do Tumblr para as passarelas da Chloé, o boho dominou as araras das lojas. O estilo, que resgata a vibe dos anos 70 e se popularizou com os festivais de música, ressurgiu mais sofisticado, diluindo seus antigos códigos em cintos de metal, botas over-the-knee (acima do joelho), mix de joias, roupas fluidas, raras estampas e o óculos aviador com lente amarelada.
Cottagecore
A palavra vem da junção de termos para “cabana” (“cottage”) e “núcleo” (“core”). Como movimento cultural, ele nasceu da idealização de uma vida simples no cenário rural, a ligação com a natureza e o distanciamento da correria da vida nas cidades grandes.
Na moda, a estética, também chamada de farmcore, é baseada nos vestidos floridos, com mangas bufantes, botas western e roupas com laços. Apesar de ter bombado neste ano, ela vem ganhando força desde 2020, graças ao álbum “Folklore”, de Taylor Swift.
Artesanato
O trabalho manual foi um dos destaques do ano, até mesmo nas coleções internacionais como a da Miu Miu. Mas nada se compara às peças de palha, renda, tapeçaria e tricô criadas em solo nacional: no SPFW, grifes como Catarina Mina, Dendezeiro e Ateliê Mão de Mãe apresentaram um trabalho minucioso e rico feito a muitas mãos. Fora das passarelas, o sucesso das peças artesanais se refletiu em vestidos, biquínis e bolsas de crochê, por exemplo.
Acessórios ousados
O clima de estravaganzza segue com a presença dos acessórios marcantes: lenços coloridos na cabeça – ou fazendo as vezes de cinto –, faixas de cabelo, brincos enormes e colares nada discretos.
Mob wife
A tendência acima casa com a estética mob wife, que faz referência às esposas de mafiosos retratados na ficção, como nos filmes “O Poderoso Chefão” e “Scarface”. Com a inspiração, os casacos de faux fur (pele falsa), roupas com estampas contrastantes e animal print.
Office siren
Um pouco mais minimalista, mas não menos ousada, é o office siren. Para quem acompanhou a febre do CLT core, esta seria uma segunda onda, mais ousada e com a pegada dos anos 2000: aqui, a proposta é misturar peças usadas no escritório, como a saia lápis, scarpin e camisa, mas com um styling mais sensual. Bella Hadid e Bruna Marquezine já foram clicadas usando a tendência, que também apareceu na passarela de outono-inverno 24 da Saint Laurent.
Roupa balonê
Ame ou odeie, as saias e vestidos balonês fizeram seu comeback oficial! Até mesmo os tops ganharam uma versão com a barra volumosa. A peça se tornou queridinha de nomes como Giovanna Ewbank e Giovanna Lancellotti, caindo também nas graças de Natalie Portman.
Você pode até ser hater, mas não tem como negar sua origem nobre: Christian Dior e Cristobal Balenciaga foram os primeiros estilistas a apostarem em vestidos com este caimento, na década de 50. O primeiro lançou o popular “Bubble Skirt” (ou “saia bolha”) vermelho e, o segundo, com o seu “Double Balloon Costume”, que já foi revisitado várias vezes pelo atual diretor-criativo da grife, Demna Gvasalia.
Bermudas
Esta é outra peça polêmica, mas de fama inegável. Apesar de dividir opiniões, as bermudas se mostraram itens versáteis para compor looks para diferentes ocasiões e estilos. As mais populares são as jeans, com cintura alta ou baixa, modelos com estampa militar, caimento baggy ou de alfaiataria.
Ugly chic
Ainda na seara das tendências diferentonas, o ugly chic manteve seu lugar ao sol. A corrente que começou com a Miu Miu, Prada e Bora Aksu ganhou uma legião de fãs ao redor do globo. O “feio chique” nada mais é do que combinar sem combinar, ou seja, misturar roupas com modelagens, proporções e cores que destoam entre si.
No Brasil, o personagem Agostinho Carrara, de “A Grande Família”, poderia ser citado como um exemplo desta estética. Mas, trazendo para a realidade, temos a influencer carioca Malu Borges. Longe dos looks básicos e clichês, ela não se incomoda com as críticas que recebe por vestir peças “fora do padrão” visualmente aceitável: “Gosto dessa beleza estranha, que intriga, que faz a gente pensar um pouco mais do que essa beleza padrão”.
Paleta de cores
Apesar de o peach fuzz ter sido eleito a cor do ano pela Pantone, foram outras duas cores que tingiram as passarelas e, consequentemente, o street style. O burgundy, ou bordô, e verde escuro se destacaram nas coleções da Gucci, Valentino, Victoria Beckham e Dries Van Noten.
Tênis esportivo
O calçado, claro, não é novidade na pista, mas a maneira como ele vem sendo combinado, sim! Os modelos do tipo chuteira foram a estrela da vez, ganhando espaço inesperado entre looks formais ou quebrando o romantismo de uma produção.
Sapato plataforma
Outro pisante que foi retirado do baú são os clogs, tamancos e mocassins com salta plataforma. A italiana Gucci foi uma das grifes responsável por esse retorno, mas as brasileiras já tomaram a frente para dar o nosso toque especial à tendência.
Menos estampas
Tanto as semanas de moda internacionais, quanto o SPFW, apostaram em estampas mais discretas ou sem padronagem alguma. O foco ficou muito mais nos shapes e caimentos das roupas do que em desenhos específicos.
Tenniscore
Segundo dados do Google, as buscas por aulas de tênis aumentaram em 245% após o lançamento do filme “Rivais”, em abril. Mas mesmo que optou por ficar de fora das quadras, não resistiu aos looks à la Tashi Donaldson, personagem de Zendaya no longa. Saias plissadas, camisas polos, faixas de cabelo, coletes de lã e jaquetas bomber tiveram um boom, que foi impulsionado pelas Olimpíadas, em julho.
Camisa de time
Enquanto marcas de moda casual lançam peças inspiradas em times inexistentes, etiquetas esportivas criam versões sofisticadas e limitadas de equipes e seleções reais. E, nessa via de mão dupla, quem ganhou foram as fashionistas que, ainda no espírito olímpico, fez voltar a febre dos looks brazilcore.