Em uma recepção aos integrantes da Rota do Agro, o produtor rural e dono da propriedade instalada na Fazenda Rio Verdinho da Barra Grande, Sergei Schultz, explicou as técnicas desenvolvidas em sua propriedade que chamam atenção. Isso ocorre principalmente devido à prática da agricultura limpa, com o processo de redução do uso de químicos; a produção do composto unificado e não somente estabilizado; e a preocupação em realizar uma pecuária sustentável, oferecendo alimentação livre de químicos que gera o bem-estar dos animais.
Os integrantes da Rota do Agro compõem profissionais do Sebrae, acompanhados de produtores rurais, agências de viagem, professores universitários ligados à área de pesquisa, entre outros especialistas envolvidos com o agronegócio. A visita aconteceu no último dia 11 de dezembro.
Depois de iniciar o trabalho de redução de químicos há cerca de dez anos, através de pesquisa, Sergei mostrou as práticas que atualmente aplica na sua propriedade. “Afinal, nada acontece no automático. Não é 100% livre de químicos, mas vamos dizer que trabalhamos com uma agricultura limpa e regenerativa mesmo”, ressalta ao lembrar que uma lavoura totalmente sem químico não é algo impossível, mas difícil.
Conforme o produtor, reduzir a química significa aumentar a qualidade do produto final e dar mais oportunidade para a natureza trabalhar. “Ou seja, nosso foco é oferecer um ambiente favorável a fim de que a natureza possa nos ajudar também”. Além disso, Sergei observa que os químicos têm reduzido seus efeitos na plantação.
Em destaque, o proprietário trabalha com uma empresa de produtos orgânicos e, na atividade em campo, observou diversas oportunidades de melhorias. “Portanto, cheguei à conclusão de um produto inovador que gostaria de ver no mercado. Apresentei a ideia à empresa e ela desenvolveu. Nesse caso, ele explica que a fase atualmente é de pesquisa de resultados, e em breve, o item estará disponível no mercado.
Em relação ao trabalho de compostagem realizado na propriedade, Sergei disse que a busca é por um composto humificado, não apenas estabilizado. “A finalidade é que nossa matéria orgânica atinja o ponto de humificação, pois o aproveitamento será bem maior”, relata. Quantos aos efeitos na agricultura, a compostagem feita dessa maneira oferece diversos benefícios às plantações e ao solo.
Já na atividade pecuária, o trabalho é intenso para reduzir o uso de produtos químicos dentro da propriedade, segundo Sergei. A princípio, ele não aplica controle químico para carrapatos ou moscas e, com essa redução, é possível um controle natural das moscas do chifre. “Hoje, não temos esse tipo de mosca em nosso gado, ao nível de causar danos econômicos, porque ela é do ambiente e sempre aparecerá um pouco”, afirma.
Para o produtor, quando o dono da propriedade utiliza produtos mais naturais na atividade agropecuária e trabalha com a natureza, a fazenda consegue oferecer um produto final de alta qualidade. “Inclusive, já é comprovado que o uso de químicos baixa a qualidade do alimento”, pondera.
Encerrada a visita aos locais pela equipe da Rota do Agro, os integrantes conheceram diversas práticas inovadoras. São aplicadas em propriedades rurais como nas fazendas Trio Aliança e Vargem Grande, por exemplo, ou nas empresas como a Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), em seu complexo industrial, e a Rumo, instalada na Plataforma Multimodal da Ferrovia Norte-Sul.
No caso da propriedade de Sergei Schultz, o aprendizado abrangeu a preservação da natureza e do solo com a prática de uma agricultura regenerativa. A previsão é lançar a Rota do Agro durante a Tecnoshow do próximo ano.
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
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