José Lopes Coelho é de Iporá, no Oeste Goiano, e há seis anos trabalha com inseminação artificial, mas intensificou esse processo na sua fazenda há três anos depois que começou a parceria com o Sebrae. Ciente da importância dessa técnica para agregar valor ao seu produto, o produtor fala com maestria sobre os protocolos que tem utilizado na sua propriedade e como a transferência de embrião tem dado retorno mais imediato no melhoramento do gado.
O produtor lembra que soube do programa Sebraetec pelo seu veterinário, que explicou como funcionava a iniciativa, e ele logo se interessou. “Então ele marcou uma reunião aqui na fazenda e nós conversamos. Falei que tinha o maior interesse, pois ajuda muito. Nós estamos passando por uma fase difícil, principalmente depois da pandemia, pois o mercado ficou muito baixo e os custos elevaram, e esse apoio foi muito bem-vindo. E assim nós fizemos”, recorda.
Com o Sebrae, José Lopes pode ampliar o processo de transferência de embrião no seu rebanho. “As primeiras vacas inseminadas e as mais bem gabaritadas insemino com touro Nelore para fazer a reposição das vacas da fazenda e faço isso há bastante tempo. Meu gado já melhorou muito. Então eu tenho um rebanho de vacas Nelores muito bom e depois na sequência faço inseminação com Angus para fazer a venda dos bezerros machos e termino as fêmeas. Essa parceria ajudou muito porque reduziu o custo. Inclusive eu só fiz a transferência de embrião porque fiz a parceria”, explica.
O produtor lembra ainda que a primeira transferência de embrião foi para fazer os seus próprios touros. Ele comprou embriões de touros aprovados e inseminou nas novilhas Angus como receptoras. “Dessa cruza tenho uns tourinhos que estão fazendo um ano e eles já estão muito bons. Para a transferência de embrião, faço só um protocolo para a reposição de touro. Minha maior inseminação são as vacas”, diz.
E é com orgulho que o produtor afirma que tem novilhas inseminadas com um ano de idade que, em função da genética, do manejo e da nutrição usada já estão com um porte muito bom. “Agora avalio a possibilidade de não trabalhar mais com touro. O veterinário está sugerindo eu fazer três protocolos para a gente tirar os touros da fazenda. Minhas vacas estão um ano de idade e com uma média de 16 arrobas. Estou avaliando esse modelo como muito bom. Consegui pegar um preço bom na arroba e avalio a possibilidade de, a partir do ano que vem, eu reter também os machos”, disse.
Quando questionado sobre seus lucros, José Coelho Lopes é meticuloso e novamente parabeniza o Sebrae pela iniciativa. Ele comenta que muita gente foi beneficiada e, a médio e longo prazos, os resultados do investimento irão aparecer. “Essa questão do aumento de renda é um pouco complexa. Porque o problema é que nos últimos dois anos a nossa renda fez caiu em relação aos anos anteriores, por conta do preço. O nosso produto é o bezerro, é a vaca gorda, é o boi gordo, é a vaca de descarte e é o leite. Nos últimos dois anos eu fechei praticamente no vermelho na fazenda. Eu mantive alguns investimentos que eu queria fazer de melhorias e mantive o nível de sanidade, de nutrição no padrão que eu sempre vinha fazendo. E, por esse motivo, me auxiliou a não fechar no vermelho. Se não fosse a redução do preço do bezerro nos últimos dois anos e do preço da arroba, com toda certeza teria de 10 a 15% de melhorias na minha renda”, pontua.
Quanto a um conselho para os investidores que começam nesse mercado, o produtor afirma que quando se trabalha dentro da técnica, com nutrição, manejo, alimentação e genética adequados, o resultado aparece com todo o serviço e o seu negócio tem tudo para dar certo.
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463 | Kalyne Menezes – (62) 99887-4106
Na Regional Oeste | São Luís de Montes Belos: Agência Entremeios Comunicação / Carla Gomes – (64) 99900-8603
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