A FAIRR Initiative, que reúne 35 investidores globais com US$ 6,5 trilhões em ativos sob gestão, quer que as sete maiores empresas globais de frutos do mar implementem sistemas de rastreabilidade em meio a riscos regulatórios, reputacionais e operacionais. Segundo a FAIRR, 20% dos frutos do mar selvagens frutos de pesca atualmente provêm de atividades ilegais, não regulamentadas ou não reportadas. Isso geraria perdas de até US$ 36 bilhões por ano. Continuar lendo Das sete empresas analisadas, Charoen Pokphand Foods e a Thai Union estabeleceram compromissos de rastreabilidade a respeito de suas operações e da origem das rações para os animais criados. Mas elas ainda não divulgaram o progresso de seus compromissos. Já as outras cinco empresas analisadas (Marubeni, Maruha Nichiro, Mitsubishi, Nissui e Nomad Foods) possuem compromissos parciais ou nenhum plano concreto. Segundo os investidores agrupados na FAIRR, barreiras técnicas e financeiras dificultam hoje a implementação de sistemas digitais de rastreabilidade. Porém, a falta de transparência pode fazer essas empresas perderem mercados junto a clientes cada vez mais exigentes. “Os investidores reconhecem que a rastreabilidade não é apenas uma necessidade regulatória – é uma questão estratégica para proteger a confiança do consumidor e os retornos de longo prazo”, disse Sofía Condés, diretora de Engajamento com Investidores da FAIRR, em nota. Leis Alguns países já criaram leis para obrigar os fornecedores de pescados a divulgarem a origem de seus produtos. Os Estados Unidos contam com o Food Safety Modernization Act (FSMA), nos Estados Unidos, e o Japão conta com o Fishery Products Distribution Act. Na Europa, a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) obriga as empresas a melhorarem a transparência de suas operações. Recomendações Para a FAIRR, as empresas do setor devem estabelecer compromissos claros e prazos definidos para implementar a rastreabilidade completa em todas as operações. O grupo também recomenda que as metas estejam alinhadas a padrões internacionais, como o Global Dialogue on Seafood Traceability (GDST). Por fim, recomenda que as empresas divulguem relatórios regulares de progresso. “A rastreabilidade de cadeia completa, digital e interoperável é um passo fundamental para garantir a transparência e apoiar os investidores a tomar decisões informadas que promovam a sustentabilidade e a resiliência no setor, alinhadas aos Princípios de Finanças para uma Economia Azul Sustentável”, afirmou Eric Usher, chefe da Iniciativa de Finanças do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em nota. Mais recente Próxima Fiscais interceptam 386 tartaruguinhas chinesas no aeroporto de Guarulhos