Pecuária
Por — São Paulo

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) alerta que a adoção de boas práticas de higiene da ordenha à fabricação é fundamental para se prevenir a contaminação em queijos. Segundo os pesquisadores Jaqueline Sá, Cristiane Viana e Daniel Arantes, os queijos são alimentos muito ricos nutricionalmente, mas são também um bom ambiente para a proliferação de microrganismos deterioradores, como fungos e bactérias, danosos ao alimento e a quem consome.

“A prevenção baseia-se, basicamente, na adoção de boas práticas agropecuárias na fazenda, para a obtenção de leite de boa qualidade microbiológica, e de boas práticas de fabricação na indústria, a fim de evitar contaminações com bactérias, leveduras e fungos filamentosos”, ressalta Jaqueline Sá.

Os microrganismos deterioradores mais encontrados em queijos são os coliformes, bactérias como Clostridium butyricum e do Clostridium tyrobutyricum, pseudomonas, fungos filamentosos e leveduras. Os coliformes são os causadores do estufamento precoce do queijo, de 24h a 48h após a fabricação.

“Esse é o maior problema enfrentado pela indústria que, no momento do corte de queijos de massa dura ou semidura, identifica a massa ‘rendada’, repleta de pequenas olhaduras arredondadas”, aponta Daniel Arantes, que acrescenta: “No geral, quando o queijo estufa é sinal que há um foco intenso de recontaminação após a pasteurização do leite”.

A presença do Clostridium butyricum e do Clostridium tyrobutyricum no leite cru pode levar ao estufamento tardio (após 60 dias de maturação) dos queijos de massa dura ou semidura.

As bactérias do gênero Pseudomonas podem causar problemas nos queijos de longa maturação, pela produção de enzimas como lipases e proteases e degradar parcialmente as caseínas dos queijos liberando peptídeos causadores do sabor amargo.

As lipases psicrotróficas podem hidrolisar a gordura, tanto no leite quanto no queijo e liberar ácidos graxos como o butírico que causam rancidez. Outro problema comum é o crescimento de leveduras e fungos filamentosos (bolores ou mofos) nos queijos de longa maturação.

A Epamig possui publicações que orientam sobre ordenha, higienização, boas práticas, e identificação de defeitos em queijos artesanais, além de outras sobre o tema, disponíveis para download gratuito e aquisição no site da Livraria.

Mais recente Próxima São Paulo terá fundo indenizatório contra febre aftosa
Mais do Globo Rural

Indústria estima que déficit deve atingir 129 milhões de toneladas neste ciclo

Faltará armazém para a safra recorde de grãos

Começo de semana será de chuva intensa em boa parte do país

Chuva persiste na metade norte do Brasil com alerta de perigo para 14 Estados

A Organização Mundial de Saúde Animal reconheceu a rápida notificação oficial da Alemanha

Alemanha implementa novas medidas após morte de três búfalos por febre aftosa

Ataque armado na sexta-feira (10/1) deixou dois mortos e seis feridos em Tremembé (SP)

Polícia prende suspeito de matar membros do MST em ataque a assentamento

Propriedade do sertanejo no interior de São Paulo tem 2,1 mil hectares

Conheça a fazenda do cantor Daniel, cenário de programa da TV Globo

Com genéticas aperfeiçoadas, cavalos são os líderes entre os mais caros

Qual é o animal mais caro do mundo? Veja os mais valorizados

A previsão é de mais cortes para custear a atividade dos pesquisadores

Com déficit de R$ 200 milhões, Embrapa pode ter orçamento ainda menor em 2025

Thais Ferraz conta sobre perspectivas sobre clima e papel do agronegócio

Bióloga avalia perspectivas para COP 30 e como setor pode combater extremos climáticos

Coloração escura das flores se intensifica em ambientes fechados e com pouca iluminação

Orquídea negra: conheça a planta que parece preta, mas não é

Marcelo Scielzo, que interpreta o 'Matuto', conta detalhes da preparação e das gravações do longa-metragem

Filme do Chico Bento: ator 'mergulha' na realidade do campo para viver personagem