O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) pediu uma nova prisão preventiva para o químico Sérgio Alberto Seewald, nesta sexta-feira (13/12). O "Alquimista", conhecido também como "Mago do Leite", é acusado de ser o responsável pelo desenvolvimento das fórmulas utilizadas pela Dielat no processo de adulteração de seus produtos. Leia mais Veja quais marcas vendiam leite com soda cáustica e água oxigenada. Você já comprou alguma delas?Caso de leite adulterado com soda cáustica no RS é 'isolado', afirmam criadoresProjeto de lei que proíbe leite sintético no Brasil é aprovado em comissão da Câmara Segundo Mauro Rockenbach, promotor de Justiça de Porto Alegre, a prática não era uma novidade para o "Alquimista". Seewald já havia sido alvo na 5° fase da Operação , realizada em 2014. Na época, ele foi acusado de criar fórmulas para diluir soda cáustica e água oxigenada no leite em fora da validade a fim de mascarar o sabor e o odor azedo do líquido em deteriorização. Continuar lendo O processo, que corre na justiça há dez anos, ainda não chegou ao fim. Seewald conseguiu uma cautelar que o permitiu responder ao processo em liberdade, sem o uso da tornozeleira. No entanto, estava proibido de atuar no setor de laticínios. Rockenbach explica que o Ministério Público abriu um novo pedido de prisão preventiva após descobrir que o químico estava atuando clandestinamente na fábrica da Dietlat, em Taquara, no Rio Grande do Sul. "Ele aperfeiçoou sua fórmula enquanto aguardava o julgamento. Além disso, o MPRS descobriu que uma empresa na área de propaganda e publicidade, foi criada em 2020 no nome da sua esposa com o objetivo de dar continuidade no assessoramento, bem como, para comercialização de fórmulas lácteas", afirma o Ministério em nota. Para o promotor Mauro Rockenbach, "a artimanha demonstra completa e reprovável desconsideração para com as determinações judiciais". Mais Sobre Leite Gripe aviária atinge mais de dois terços de fazendas leiteiras da Califórnia Envolvidos em caso de adulteração de leite com soda cáustica no RS são denunciados Na ação realizada nesta quarta-feira (11/12), que ocorre quase 12 anos depois da primeira fase da operação, foram encontradas as fórmulas de diluição na sede da Dielat, além de uma série de documentos, imagens e planilhas falsificadas que comprovam o esquema de fraude. Os produtos comercializados pela empresa - Leite UHT, em pó, soro e composto lácteo - eram distribuídos para todo Brasil e para Venezuela. Uma mulher, que não teve seu nome divulgado, foi presa em flagrante por orientar que os funcionários apagassem mensagens e escondessem seus celulares após a chegada dos oficiais. Além do químico, o sócio-proprietário Antonio Ricardo Sader, o diretor Tales Laurindo, o supervisor Gustavo Lauck também cumprem prisão preventiva. Mais recente Próxima Veja quais marcas vendiam leite com soda cáustica e água oxigenada. Você já comprou alguma delas?