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No Brasil, o agronegócio é um dos setores mais importantes para a economia e os investimentos anunciados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no início do ano, que envolve a quantia de R$ 66,5 bilhões no Plano Safra 2024/2025 - um incremento de 28% em relação ao ano anterior, representa um impulso às linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas.

A expectativa é que este aporte amplie os resultados no setor, que já representa cerca de 20% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional segundo cálculo da Esalq/USP, principalmente porque os recursos serão destinados à implementação de tecnologias emergentes para otimizar a produção e, ao mesmo tempo, reduzir o consumo de recursos, como energia elétrica, água, defensivos agrícolas, entre outros.

De acordo com o estudo recente realizado pela Embrapa, Sebrae e Inpe, cerca de 84% dos agricultores já adotaram pelo menos uma tecnologia para apoiar na produção agrícola. Isso indica que, em meio à transformação digital, a tecnologia deixou de ser um diferencial e se tornou um investimento fundamental para produtores rurais, desde aqueles que trabalham com agricultura familiar, que esse ano já receberam R$ 14,8 bilhões do investimento do BNDES, até grandes exportadores de commodities.

 — Foto: Globo Rural
— Foto: Globo Rural

Para todas as etapas da cadeia de valor agropecuária existe ao menos uma solução que pode otimizar tempo e recursos. Por exemplo, máquinas conectadas, tecnologias de agricultura de precisão, plataformas de otimização de exportação agrícola - todas essas tecnologias atuam em prol de uma produção mais ágil, sustentável, eficiente e principalmente com menores custos operacionais.

Sabendo que periodicamente são lançadas centenas de tecnologias, soluções e equipamentos, tanto para agricultura quanto para a pecuária, uma maneira de estar alinhado ao que existe de mais atualizado e com melhores resultados dessas soluções é ter o apoio de um parceiro especializado que oriente sobre o que há de novo, mas também que, de fato, traga opções que atenda às necessidades particulares de cada produtor.

Por exemplo, quando tratamos de mudanças climáticas, a tecnologia se tornou indispensável para prever e reduzir impactos ambientais no agronegócio. Apenas neste ano, o Brasil enfrentou severas dificuldades com as queimadas por todo país, atingindo diversas culturas, além de secas e enchentes provenientes do fenômeno El Niño. Esses fenômenos devem se repetir com a chegada do La Niña, portanto, é indispensável o uso de soluções adequadas para garantir práticas de otimização e uso eficiente de tecnologias que envolvam recursos hídricos em momentos de seca, assim como soluções que monitoram a umidade quando há excesso de chuva, garantindo uma colheita bem-sucedida.

Ainda no âmbito da sustentabilidade e produtividade, vale destacar as tecnologias que apoiam a redução do uso de defensivos agrícolas, além de soluções que ajudam a reduzir a pegada de carbono, promovendo uma produção mais sustentável e responsável para o meio ambiente.

O Brasil tem investido significativamente em conectividade no campo por meio da implementação de tecnologias como drones, sensores, maquinário moderno e sistemas de gestão digital, o que tem também aumentado a produtividade e a sustentabilidade das práticas agrícolas.

Todo esse conjunto de tecnologias permite ao produtor focar nos desafios específicos de seu negócio, enquanto os parceiros especializados se encarregam de questões como otimização e sustentabilidade, oferecendo ferramentas personalizadas que aumentem a eficiência e impulsionem a competitividade de produtores de todos os portes.

*Rafael Munhoz Cardoso é responsável pela estrutura de Desenvolvimento de Negócios Multi-Indústrias e pré-vendas da SONDA Brasil

OBS: As ideias e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva de seu autor e não representam, necessariamente, o posicionamento editorial da Globo Rural.

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