Insumos
Por — São Paulo

Fertilizantes são substâncias naturais ou sintéticas, aplicadas ao solo ou diretamente nas plantas, com o objetivo de fornecer nutrientes essenciais para o seu crescimento e desenvolvimento. Seu uso é comum tanto para as práticas agrícolas, quanto para a jardinagem.

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Esses nutrientes, como nitrogênio, fósforo e potássio, são fundamentais para a formação de folhas, raízes, frutos e sementes, permitindo uma maior produtividade e qualidade das culturas. Eles são capazes de suplementar a disponibilidade natural e compensar a perda de nutrientes, além de aprimorar as condições do cultivo.

Ao aplicar fertilizantes para plantas, é possível melhorar a qualidade do solo, aumentar a produtividade das lavouras e promover o crescimento robusto das plantas, especialmente em solos que são naturalmente deficientes em nutrientes.

Tipos de fertilizantes

Embora os termos sejam muitas vezes utilizados como sinônimos, existem diferenças entre adubo e fertilizante. O adubo engloba qualquer material orgânico ou inorgânico aplicado ao solo para melhorar sua fertilidade, enquanto o fertilizante é um produto específico, formulado para fornecer nutrientes essenciais às plantas.

Existem diversos tipos de fertilizantes, cada um com características e aplicações específicas. Os principais são:

  • Fertilizantes orgânicos: Originados de matéria orgânica, como esterco, compostos e húmus de minhoca, eles liberam nutrientes de forma gradual, melhorando a estrutura do solo e a atividade microbiana.
  • Fertilizantes inorgânicos: Também conhecidos como sintéticos ou químicos, são produzidos industrialmente e são mais concentrados em nutrientes essenciais. Entre os tipos mais comuns estão os fertilizantes de ureia e os fertilizantes NPK, que contêm uma combinação de nitrogênio, fósforo e potássio.

Como escolher o fertilizante adequado?

Escolher o fertilizante adequado é fundamental para garantir a saúde das plantas e evitar o desperdício de produto. A escolha deve levar em conta as necessidades nutricionais do solo, o tipo de cultura e as condições climáticas da região.

Antes de qualquer aplicação, é recomendável realizar uma análise do solo, que indicará os níveis de macronutrientes, micronutrientes e o pH do solo, além de avaliar sua capacidade de retenção de água e outros fatores que influenciam a absorção de nutrientes pelas plantas.

O agrônomo desempenha um importante papel no processo de escolha e aplicação, pois possui o conhecimento técnico para recomendar o fertilizante mais adequado, evitando tanto a escassez quanto o excesso de nutrientes. Além disso, o profissional pode orientar sobre as melhores práticas de manejo, como o momento correto de aplicação e a quantidade ideal de fertilizante.

Dependência externa

O Brasil é um dos maiores consumidores de fertilizantes do mundo, devido à sua vasta produção agrícola. Apesar disso, o país importa cerca de 85% de fertilizantes para suprir sua demanda.

A dependência do mercado externo está ligada à escassez de reservas minerais suficientes para a produção local, principalmente de potássio, um dos principais nutrientes utilizados nas formulações. Além disso, a falta de infraestrutura para a produção em larga escala e a complexidade do processo de extração e processamento dos recursos minerais necessários dificultam a autossuficiência.

Essa dependência torna o país vulnerável a flutuações no mercado global, como bloqueios comerciais, altas de preços ou crises geopolíticas, como foi observado durante a guerra na Ucrânia, que afetou a oferta de fertilizantes.

A busca por alternativas para aumentar a produção interna e reduzir essa dependência tem sido um desafio estratégico para garantir a segurança alimentar e a estabilidade do setor agrícola brasileiro, e é pauta central do Plano Nacional de Fertilizantes, que espera reduzir a importação para 50% até 2050.

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