Crédito e Investimento
Por — São Paulo

A concessão de crédito rural a produtores e agroindústrias cresceu 6,6% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2023, segundo levantamento da empresa de análise de risco e crédito Serasa Experian. Com o aumento, os desembolsos chegaram a R$ 96,6 bilhões.

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Na soma dos seis primeiros meses do ano, o crédito rural se expandiu, mas os financiamentos perderam força no segundo trimestre. De abril a junho de 2024, a concessão de crédito ao campo recuou 5,7% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, para R$ 50 bilhões.

A Serasa Experian analisou dados com base em 9,8 milhões produtores rurais que autorizam a divulgação de seus CPFs no Cadastro Positivo e contrataram financiamentos para a produção ou para suas propriedades, comercialização ou industrialização de produtos da agropecuária. Outra parte do levantamento abrange os demais empréstimos, financiamentos e consórcios da população rural. Os números da Serasa consideram ainda o valor de todas as faturas de cartão de crédito que a população rural pagou no trimestre.

Para Marcelo Pimenta, chefe de agronegócio da Serasa Experian, a expansão do crédito rural no semestre que marcou o fim da safra 2023/24 “refletiu a confiança do setor em superar desafios, como a instabilidade climática e a volatilidade dos preços das commodities”. Por outro lado, continua ele, a queda no segundo trimestre em relação ao ano anterior pode ter sido reflexo da cautela, em um quadro de aumento das taxas de inadimplência, do número de pedidos de recuperação judicial e de piora do perfil de risco dos tomadores de empréstimo.

No segundo trimestre de 2024, o Centro-Oeste, região que lidera a produção nacional de grãos, contratou R$ 17 bilhões em crédito rural, com média de R$ 509 mil por contrato. Se considerados os dados por CPF, foram 24 mil indivíduos com contrato e tíquete médio de R$ 715 mil por CPF.

No Sul, os produtores contrataram R$ 15 bilhões em crédito rural no segundo trimestre, com média de R$ 142 mil por contrato. Ao todo, 82 mil CPFs fecharam operações, o que representou valor médio de R$ 184 mil por documento.

As contratações de crédito rural no Sudeste chegaram a R$ 9 bilhões no segundo trimestre, sendo R$ 180 mil em média por contrato, 41 mil CPFs e tíquete médio de R$ 217 mil por CPF.

O menor número de solicitações ficou com o Norte, com R$ 1,8 bilhão, R$ 231 mil por contrato e 6,7 mil CPFs cadastrados nos contratos, com tíquete médio de R$ 271 mil. Já no Nordeste, os contratos somaram R$ 2,3 bilhões, com valor médio de R$ 38 mil e 60 mil CPFs cadastrados, com tíquete médio de R$ 39 mil por CPF.

No Matopiba (região que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), por fim, os contratos de crédito rural somaram R$ 4,5 bilhões, sendo R$ 358 mil o valor médio de cada um deles. Os CPFs cadastrados na região totalizaram 11 mil, com desembolso médio de R$ 422 mil por operação.

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