Manejo do solo: defina o maquinário ideal para cada função

A primeira medida é avaliar a qualidade do solo no qual será realizado o manejo. Com a utilização contínua de máquinas, o pisoteio de animais e as calamidades naturais, pode ocorrer o adensamento do solo. Com o passar do tempo, seu espaço poroso pode diminuir a capacidade de aeração e o armazenamento hídrico, o que exige a adoção de alguma medida corretiva.

Escarificadores e subsoladores são indicados para os trabalhos de superfície e subsuperfície, pois promovem a desagregação de camadas compactadas de terra. O objetivo do manejo com essas máquinas é facilitar a penetração de raízes das culturas, da água e do ar para as camadas mais profundas, sem incorporar a matéria orgânica.

Esses elementos deixam resíduos na superfície, o que traz todos os benefícios para o solo. Isso significa que, além de melhorar a infiltração, colabora para manter parte da estruturação, evitando a desagregação excessiva.

O descompactador funciona melhor na etapa de preparação para o cultivo, pois é capaz de promover uma descompactação balanceada sem desestruturar durante o plantio direto. Sua utilização evita a erosão, retém a infiltração de água e nutrientes, e mantém cobertura de palhada superficialmente. Antes de optar pela subsolagem de uma área agrícola, porém, é preciso observar que a operação exige um alto consumo energético, provavelmente o maior dentre as operações. Portanto, somente devem ser mobilizados os tipos de solo que realmente necessitem desse trabalho, observando se a profundidade é compatível com a faixa a ser compactada.

Levantamentos iniciais sobre as condições do local que será manejado, como densidade, resistência mecânica à penetração, teor de água e profundidade da camada compactada, fazem toda a diferença no processo de tomada de decisão quanto às ferramentas e aos maquinários.

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