Em seu terceiro levantamento sobre a safra 2024/25, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fez pouquíssimas alterações e manteve a projeção total de colheita em 322,4 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume será um novo recorde e 8,2% superior ao resultado de 2023/24. Mais Sobre Grãos China investe para elevar produção de grãos e reduzir dependência do exterior ADM espera aumentar vendas de fertilizantes e expande negócios para biológicos Continuar lendo A estimativa de área de plantio também ficou inalterada no documento, com 81,4 milhões de hectares, somando todos os ciclos de produção, o que corresponde a uma adição de 1,45 milhão de hectares em relação à temporada anterior. “As chuvas ocorridas até o momento favorecem as lavouras nos principais Estados produtores. Em alguns locais tivemos curtos períodos de falta de chuva, mas não o suficiente para influenciar na estimativa de um novo recorde na produção brasileira de grãos”, destaca, em nota, o presidente da Companhia, Edegar Pretto. A semeadura da soja, principal produto do agronegócio nacional, está na reta final, com 47,37 milhões de hectares. “O clima tem contribuído para a implantação e o desenvolvimento da cultura em grande parte dos Estados produtores. Em algumas regiões de Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Tocantins e Maranhão foram registrados curtos períodos de falta de chuva. Ainda assim, as condições climáticas são favoráveis e é esperada uma produção de 166,21 milhões de toneladas, uma alta 12,5% em relação ao volume colhido em 2023/24”, escreveu a Conab no relatório. Em relação ao milho, a autarquia fez um ajuste nas estimativas de produção, que caiu 0,2%, para 119,6 milhões de toneladas, 3,4% acima da safra anterior. Apenas no primeiro ciclo do cereal, é esperada uma colheita de 22,61 milhões de toneladas. A semeadura da primeira safra do cereal já ultrapassa 70% da área e as condições climáticas, nas principais regiões produtoras, favorecem as lavouras. A Conab também prevê uma elevação de 3% na área destinada ao cultivo de algodão, com o plantio chegando a 2 milhões de hectares, o que resultou em uma estimativa de produção de pluma em 3,7 milhões de toneladas, 02% menos que o previsto no mês passado e 9,2% abaixo do recorde de 2023/24. Nas lavouras voltadas ao consumo nacional, a Conab manteve a projeção de colheita de arroz em 12,06 milhões de toneladas, 13,9% mais que no ciclo passado. O aumento é resultado de uma elevação de 9,8% na área de plantio, estimada em 1,77 milhão de hectares. No caso do feijão, é esperado um crescimento de 1,7% na área de cultivo, estimada em 2,9 milhões de hectares. Esse incremento deve ocorrer primeiro ciclo da leguminosa (existem três), podendo chegar a 907 mil hectares. A produção total também deve crescer 3,5%, segundo a Conab, com expectativa de atingir 3,36 milhões de toneladas. Lavouras de inverno Já a colheita das lavouras de inverno da safra 2024 caminha para a sua finalização, com a conclusão prevista para meados deste mês. Para o trigo, principal produto cultivado, a estimativa é de uma colheita de 8,06 milhões de toneladas, redução de 0,4% do resultado obtido na safra anterior. Essa menor produção foi ocasionada, principalmente, pela redução de 14,1% na área de plantio dos Estados da Região Sul, que representam 85,4% da área ocupada com trigo no país, aliada ao comportamento climático desfavorável durante todo o ciclo da cultura no Paraná. Mais recente Próxima USDA prevê aumento na safra global de soja, mas redução em milho e trigo