A produção brasileira de café deve atingir 62,45 milhões de sacas em 2025/26, estimativa 5% menor do que a safra colhida em 2024/25. O principal gargalo é a produção de arábica, com queda estimada em 15%. Mais Sobre Café Na véspera de Natal, café e cacau recuam em Nova York Panetone, rabanada e mais: aprenda a harmonizar café com os doces natalinos Continuar lendo A colheita de arábica no ciclo 2025/26 deverá ficar em 38,35 milhões de saca, segundo avaliação preliminar da consultoria gaúcha. De acordo com a análise, ao comparar com as com safras anteriores, a estimativa só fica na frente do que foi colhido no ciclo de 2021/22, período pós seca e geada no Brasil e que prejudicou muito as lavouras de café. O consultor de Safras, Gil Barabach, destaca que a seca histórica que atingiu o Sudeste do país este ano, afetando especialmente os estados de São Paulo e Minas Gerais, “retirou energia das plantas, o que impossibilitou a sustentação da florada exuberante de outubro”. A consultoria informou também que produtores relataram que, ao perceber que a lavoura não entregaria o esperado, elevaram o percentual de esqueletamento - uma espécie de pode para garantir sobrevida da planta. Entretanto, esse tipo de corte adiantado ajuda a reduzir o potencial da produção em 2025. Na contramão, colheita de conilon deve ser promissora “No caso do canéfora (robusta/conilon) o quadro é completamente distinto, e prevalece um otimismo em relação à próxima safra”, indicou Barabach. De acordo com o monitoramento da Safras, a produção da espécie deve ser de 24,10 milhões de sacas. "Apesar da colheita de canéfora começar mais cedo, o quadro também ainda está bastante em aberto, e o otimismo precisa ser confirmado com um clima favorável no início de 2025", acrescentou o consultor. Mais recente Próxima Leilão alcança maior preço médio da história com R$ 20 mil por saca de café