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Por Emerson Rocha — Petrolina


O sonho de virar jogador profissional fez parte das vidas dos boleiros do Baba do CSU. Há 13 anos, no campinho de terra da escolinha de futebol do Centro Social Urbano de Petrolina, no sertão de Pernambuco, eles planejavam ganhar o mundo com a bola nos pés. Por vários motivos, os planos não saíram como desejado. Hoje, a turma se reúne, a cada 15 dias, para resenhar, lembrar as histórias do passado e, claro, bater aquela bolinha.

Parte dos integrantes do Baba do CSU, em Petrolina — Foto: Leonardo Ricelly / Arquivo pessoal

Quem enviou a História do Baba do CSU para o GloboEsporte.com Petrolina e região foi Leonardo Ricelly, conhecido como Lapada. Assim como os antigos amigos da escolinha, ele se aventurou nos gramados da vida. Hoje, trabalha em uma empresa de medicamentos.

– Sou profissional, joguei fora, mas a vida não correu do jeito que a gente imaginava. A maioria [dos integrantes do baba] é rodada. Alguns viajaram para jogar fora, mas não deu muito certo. Tem gente que passou pela base do São Paulo, Náutico, Salgueiro – diz.

O Baba do CSU tem 30 integrantes, que se dividem em três times. As partidas duram entre 70 e 80 minutos. O juiz de cada jogo é escolhido de forma curiosa, com pouquíssimo critério.

– Pega qualquer um. Quem está de bobeira vira juiz.

Apesar de ser um momento de confraternização entre amigos, tudo o que eles menos querem é sair de campo derrotados.

– É muita zoada. Ninguém quer perder nem brincando – conta Leonardo.

A resenha dos jogadores, que moram em bairros como João de Deus, Palhinhas e Jardim Amazonas, acontece a cada dois finais de semana, sempre durante o dia, porque o campo que eles utilizam não tem refletor.

– Jogamos no final de semana porque todo mundo trabalha. Depois do baba, nós saímos para continuar resenhando – destaca Leonardo.

Embora o objetivo de virar jogador profissional de sucesso não tenha sido alcançado, os boleiros do Baba do CSU se enchem de orgulho pela relação criada entre eles durante esses 13 anos.

- Aqui é todo mundo amigo, irmão. A amizade é a melhor coisa que tem.

Conte a história do seu baba

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