As lembranças da conquista do Mundial de Surfe adaptado
ainda estão frescas na cabeça de Davi Teixeira, o Davizinho Radical. E meses
depois do feito na Califórnia (veja como foi no vídeo ao lado), o menino de 11 anos voltou a fazer bonito no
mar, desta vez, em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um
dos embaixadores dos Jogos Cariocas de Verão, Davizinho Radical circulou pelos
quatro dias de evento, prestigiou todos os esportes, espalhou alegria e colheu
afeto por onde passou. De quebra, ainda garantiu mais um troféu para sua
coleção.
- O campeonato daqui foi muito legal, fiquei em primeiro de
novo. De manhã, estava rolando umas ondinhas, agora à tarde diminuiu, mas foi muito
legal - comemorou ele, a bordo de sua bike motorizada.
+ Brasil conquista título mundial no surfe adaptado em San Diego, na Califórnia
Davizinho pega onda nos Jogos Cariocas de Verão, na Praia da Barra (Foto: Divulgação)Chamado de “Medina do surfe adaptado”, em referência a Gabriel Medina, Davizinho começou no
skate e surfa há apenas um ano e meio. A ascensão, porém, foi meteórica. Hoje o
encantador menino é um atleta respeitado em sua categoria e promessa para
representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Quem conversa com Davizinho esquece que ele nasceu
com a síndrome da banda amniótica, uma desordem congênita rara, que causa má
formação nos braços e nas pernas. O surfista mirim é pura alegria. E
quando ele fala de surfe então, os olhinhos brilham.
A mãe de Davi, Denise, é sua grande
incentivadora. É ela quem sai de Madureira, Zona Norte do Rio, onde a família
vive, duas vezes por semana para levá-lo para surfar na Praia da Barra da Tijuca. Os
treinos são à tarde para não atrapalhar a escola, onde ele também vai muito
bem.
- Minha mãe me traz aqui, lá de longe, e
eu surfo - contou.
Sempre sorridente, Davizinho circulou pelos Jogos em sua bike motorizada (Foto: Renata Domingues)
+ Davizinho e crianças surfistas fazem apneia para entender melhor o mar
E os treinos não podem parar, porque Davizinho tem objetivos
ousados. Além do Mundial deste ano, ele quer ir muito mais longe no surfe...
- Quero pegar a maior onda do mundo, uma onda que ninguém
nunca pegou, num pico que ninguém descobriu.
Skate board é o meio de locomoção preferido de Davizinho (Foto: Renata Domingues)E essa tão sonhada onda poderia ser, segundo ele, em Nazaré,
Portugal, ou no Havaí, onde ele adora surfar. Por aqui, sua praia preferida é mesmo
a da Barra da Tijuca. E foi lá que ele desfilou seu talento e alegria de viver
no último fim de semana. Seja na bike motorizada, no skate board ou na prancha
de surfe, Davi inspira e encanta por onde passa. E é exatamente essa sua
intenção:
- Sou embaixador dos Jogos Cariocas de Verão. Foi muito
legal, queria agradecer por poder estar nesse evento legalzão. Acho uma ótima oportunidade para incentivar cada
vez mais as pessoas a fazerem esporte, porque esporte é vida.
Vida é o que Davizinho tem de sobra. Esbanjando vitalidade,
ele usa as ondas para melhorar sua mobilidade, driblar o preconceito e
conquistar o mundo. Viva, ele!
Davizinho alonga na cadeira do Adaptsurf nos Jogos Cariocas de Verão (Foto: Divulgação)