O 2019 do São Raimundo, no profissional, não foi bem do jeito que a sua torcida esperava, mas deu para o gasto. O clube, que disputou a Série B do estadual, não ficou com o bicampeonato, mas ao menos ascendeu à elite.
Com uma filosofia diferente se comparado com o último acesso, em 2017, quando dispensou a maioria do elenco por causa de empréstimos, ao final da divisão de acesso o Tufão fechou uma parceria com o Clíper para o estadual de 2020 e buscou não só o treinador Mazinho como atletas vinculados ao Águia.
Na base, o panorama foi diferente do que se via nos últimos torneios estaduais. O clube conquistou o o título amazonense Sub-21 e o sub-17 este ano. O domínio evidencia o bom trabalho nas categorias, que contam com a revelação de talentos para equiparar-se com rivais mais bem estruturados no Amazonas.
RETORNO À ELITE
Depois de conquistar o acesso em 2017 e cair novamente em 2018, a torcida do São Raimundo não queria só o título da Série B e voltar para voltar elite, mas que a diretoria demonstrasse uma filosofia que desse esperanças não só de se manter, mas de brigar pelo título que não vem desde 2006.
Não foi bem o que aconteceu. O clube fez a segunda melhor campanha do estadual e disputou a final contra um novato, o Amazonas FC, e acabou perdendo por 3 a 1 e ficando com o vice. Ainda assim o segundo lugar deu mais esperança que o título de outrora.
NOVA FILOSOFIA DE TRABALHO
Para 2020, a diretoria do clube aposta em um novo modelo de gestão do clube. Tufão e Clíper acordaram que durante o próximo ano vão trabalhar compartilhando jogadores, comissão técnica e até campos de treinamentos.
O objetivo é manter, assim, uma linha de trabalho qualificada que aumentará as probabilidades de obter grandes resultados. O primeiro passo da parceria foi dado dias após a final da Série B.
O São Raimundo anunciou três jogadores e o ex-treinador do Cliper, Mazinho. Dos 18 reforços até aqui, seis têm vínculo com a Águia Dourada do Parque 10 para 2020.
DOMÍNIO NA BASE
Diferentemente do que acontecia nos últimos anos, o São Raimundo passou a olhar mais para as suas categorias de base. O resultado, mais que dois títulos, no sub-21 e sub-17, foi a valorização das pratas da casa, com a profissionalização de, até o momento, cinco campeões do sub-21.
A equipe conquistou o Campeonato Amazonense Sub-21, diante do Nacional-AM, nos pênaltis, e Sub-17, contra o Fast, também nas penalidades. O último, nesta segunda-feira, garantiu vaga na Copa do Brasil da categoria. O clube não disputava uma competição nacional há 12 anos, quando disputou a Copa do Brasil e a Série C de 2007.
Veja também