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A vasectomia é atualmente um dos métodos mais comuns de esterilização. No entanto, após a vasectomia, se você mudar de ideia sobre ter filhos, existem dois procedimentos que podem ajudá-lo

No domingo (12), durante o programa Domingão do Hulk, o cantor Zezé di Camargo relembrou o processo para se tornar pai mesmo após uma vasectomia: “Eu sou vasectomizado há muitos anos, aí eu tive que fazer punção”, disse o cantor. Assim como Zezé, não é incomum que os homens decidam pela vasectomia e depois se arrependam. Isso ocorre por muitos motivos, incluindo melhora no padrão de vida, troca de parceiras ou simplesmente vontade de ter mais filhos. “Após a vasectomia, se o paciente mudar de ideia sobre ter filhos, existem dois procedimentos que podem ajudá-lo a ter um filho: uma reversão de vasectomia ou aspiração de esperma antes da fertilização in vitro (FIV). O médico pode ajudá-lo a escolher qual procedimento é melhor com base em alguns fatores, como: o tempo que se passou desde sua vasectomia, sua idade, o número de filhos desejados, o custo e com que rapidez espera-se conceber uma criança, naturalmente ou por meio de fertilização in vitro”, explica o Dr. Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e diretor clínico da Neo Vita.

O que acontece em um procedimento de reversão de vasectomia?

A reversão da vasectomia, que é a cirurgia de esterilização masculina, consiste na religação dos canais deferentes rompidos no procedimento original. “Os canais deferentes são responsáveis por transportar os espermatozoides produzidos pelos testículos e armazenados nos epidídimos até a uretra para que sejam liberados junto ao líquido seminal”, detalha o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo. Segundo o médico, na maioria dos casos, essa religação é realizada por meio de fios de sutura extremamente finos em uma técnica conhecida como vaso-vasostomia. “No entanto, em alguns casos, como em vasectomias realizadas há muito tempo, pode ocorrer um bloqueio no epidídimo que impede o fluxo dos espermatozoides, sendo necessária a realização da vasoepididimostomia, técnica mais complexa em que o canal deferente é religado diretamente ao epidídimo para burlar esse bloqueio”, afirma o Dr Rodrigo.

Pouco invasivos, os procedimentos têm baixas taxas de complicação, mas nem sempre são bem-sucedidos. “A preservação dos canais deferentes durante a vasectomia, a qualidade da cicatrização após o procedimento, histórico de dificuldade para engravidar e a qualificação do cirurgião que realizará a reversão são fatores importantes para o sucesso da cirurgia. Mas o tempo decorrido entre a vasectomia e a reversão é talvez o fator mais importante. No geral, quanto mais cedo for realizada, melhor”, diz o Dr. Rodrigo Rosa.

Como é a punção para aspiração dos espermatozoides?

Segundo o Dr. Fernando Prado, ainda é possível realizar um procedimento de reprodução assistida, principalmente quando a parceira também apresentar problemas de fertilidade. “Durante este procedimento, o médico aspira (suga suavemente) os espermatozoides dos epidídimos, que são o “armazém” que mantém os gametas que são produzidos nos testículos. Este procedimento geralmente é realizado sob anestesia local (com o uso de medicação anestesiante) no consultório. Também pode ser feito sob anestesia geral. Uma pequena agulha é usada para remover os espermatozoides diretamente dos epidídimos, ou mesmo diretamente de cada testículo. Os espermatozoides são então usados para fertilizar os óvulos da sua parceira em um laboratório usando a fertilização in vitro”, conta o médico. Os espermatozoides podem ser aspirados no dia do procedimento de fertilização in vitro ou podem ser removidos com antecedência e congelados para um futuro procedimento de fertilização in vitro. “Como a quantidade de espermatozóides é pequena, seu uso para inseminação artificial não é recomendado. Quando esse método é usado junto com a fertilização in vitro, é muito bem-sucedido, especialmente se a parceira tiver menos de 35 anos. Existem várias outras vantagens para este método. Isso pode significar que levará menos tempo para a parceira engravidar e a paciente não precisará voltar a usar anticoncepcional após uma gravidez bem-sucedida. É também um procedimento menos invasivo para o parceiro masculino”, explica o Dr. Fernando. “Existem algumas desvantagens também. É mais caro. Se mais de um embrião for transferido, pode resultar em mais de um filho ao mesmo tempo. Também é um procedimento mais invasivo para a parceira, e o procedimento pode ter que ser repetido se você quiser ter mais filhos”, diz o médico. De qualquer maneira, a melhor forma de resolver a questão é consultando um médico especialista em Reprodução”, finaliza o Dr. Fernando Prado.

FONTE:

DR. RODRIGO ROSA: Ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana e sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, e do Mater Lab, laboratório de Reprodução Humana. Membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), o médico é graduado pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Especialista em reprodução humana, o médico é colaborador do livro “Atlas de Reprodução Humana” da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Instagram: @dr.rodrigorosa

DR. FERNANDO PRADO: Médico ginecologista, obstetra e especialista em Reprodução Humana. É diretor clínico da Neo Vita e coordenador médico da Embriológica. Doutor pela Universidade Federal de São Paulo e pelo Imperial College London, de Londres – Reino Unido. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e da Sociedade Europeia de Reprodução Humana (ESHRE). Whatsapp Neo Vita: 11 5052-1000 / Instagram: @neovita.br / Youtube: Neo Vita – Reprodução Humana.

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