Sucesso inegável entre as animações recentes da Disney, Moana ganhou sua aguardada sequência no fim de novembro. Mais uma vez, Any Gabrielly é quem empresta sua voz para a heroína, concretizando o desejo que vem dos tempos de criança de estar presente em uma das histórias do universo que a fez se apaixonar pelo canto.
Como uma mistura de fantasia e realidade, ela conta que sua maior semelhança com a protagonista é "o poder de agir sobre o medo" e, no papo a seguir, entre outros detalhes, também revela como o projeto fez com que partes importantes suas, até então adormecidas, voltassem a viver. Confira a seguir:
Dar voz a uma personagem da Disney é a realização de um sonho de infância?
As canções dessas histórias me ajudaram a descobrir meu amor pela música e pelo canto, e me inspiraram a querer aprender a tocar as pessoas. Meu primeiro grande trabalho foi O Rei Leão – O Musical em 2013 e eu nunca consegui deixar de me arrepiar com "O Ciclo da Vida", mesmo fazendo aquela mesma cena quase todos os dias por um ano. Saber que tem gente que já usou a voz da Moana de despertador, entrada de casamento e tantos outros momentos importantes da vida me emociona muito.
O que mais te chama a atenção em Moana? E qual semelhança você vê entre vocês duas?
O que me chama a atenção na Moana é a mesma coisa que faz de nós similares: o poder de agir sobre o medo. Moana quase nunca sabe o que está fazendo ou para onde está indo e isso é muito assustador, especialmente quando a consequência de falhar pode ser tão severa. Mesmo assim, ela vai porque sabe quem é e o seu propósito, e isso a torna indestrutível. Eu sou exatamente assim. Posso até tropeçar, ter medo, cair e me machucar, mas sempre me levanto porque sou guiada por algo maior que isso.
Como foi sua preparação para a personagem?
Umas aulinhas de canto focadas em me tirar um pouco do espaço pop e despertar meus músculos mais teatrais foram muito bem-vindas, mas nunca se recebe o material antes na dublagem. Me concentrei em tirar o peso das expectativas. Entrar em um projeto tão lindo como esse com o foco no resultado é pedir para ser mediano.
Moana merecia ser interpretada pelo meu coração e não pela minha mente, por mais dramático que isso seja. Descobri rápido que, para chegar nesse lugar, eu só precisava parar de tentar. Fui ver meus amigos mais vezes, me conectei um pouco mais com a equipe do projeto antes das gravações, me presenteei com momentos de atenção plena. Moana veio fácil quando deixei a Any de 13 anos voltar para si, sem nenhum enfeite que a Gabrielly traz [risos]. Foi um processo que não só gerou um filme lindo, como também ressuscitou muitas partes de mim que estavam adormecidas.
Além das músicas de Moana, você também está se preparando para a carreira solo depois do Now United. Que nova faceta da Any vamos conhecer a partir dela?
Vocês podem esperar um EP! Com lados talvez um pouco mais dramáticos do que os apresentados nos dois primeiros singles. Eu me sinto uma pessoa dupla: parece que tenho o meu lado A e o lado B, sendo um muito mais vulnerável que o outro. Poucas pessoas têm acesso a essa parte, mas, na música, ela pode ser apresentada. Espero que, um dia, em um álbum completo.
No começo de 2025, você também vai ser protagonista de um longa da Paris Filmes. A carreira de atriz é algo que você pretende conciliar junto à música?
Sim! Sou muito apaixonada pela entrega que o mundo da atuação exige. Não tem como fugir dela. Se você não estiver ali emocionalmente pelado, a coisa não acontece. Não é fácil conciliar, mas não é para ser fácil, é para ser emocionante mesmo. Se pudesse, eu abraçava o mundo!
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