“Deepak Looper” é o primeiro álbum a solo do rapper Papillon, que conta com a produção executiva de Slow J.
O conceito do álbum gira à volta da vida pessoal de Papillon, o que resultou em músicas que retratam episódios ou fases da vida do rapper. O álbum conta com participações dos produtores Slow J, Holly, Lhast, Fumaxa e FreshBeats e a participação de Plutónio nas vozes na faixa “Iminente”.
Em entrevista ao site Rimas e Batidas, o rapper revelou:
Em primeiro lugar, de certa forma criei ficticiamente uma escola da vida, a minha escola da vida, e se eu tivesse que lhe dar um nome era esse o nome que tinha. Além disso, Deepak Looper é a junção de dois nomes que têm só por si triplos significados. Muito rapidamente, Deepak de Deepak Chopra que é o médico e filósofo com quem me identifico bastante. Li um livro que me ajudou a reconhecer aquilo em que eu já acreditava, ajudou-me a ficar com as ideias mais assentes. Deepak também significa luz e é importante para mim que este álbum termine com uma nota positiva. Além de tudo isso, tem a palavra deep lá dentro.
O Looper é uma história muito engraçada porque álbum foi inspirado em eventos repetidos da minha vida e no facto de para aprender ter tido de passar pela mesma coisa mais do que uma vez. Normalmente não escrevo em papel, vou tirando apontamentos e escrevo as minhas rimas todas no telemóvel porque para mim sempre foi muito mais prático. Primeiro, porque a minha caligrafia é muito fraca, tipo quinto ano, e risco bastante, engano-me imenso. Problema, não faço backups e já aconteceu por duas e três vezes ficar sem as minhas letras todas. Mesmo no processo do “Nada é Por Acaso” fiquei sem as minhas letras todas a meio do álbum. No inicio era a cena que mais me incomodava, mas aprendi a aceitar isso. Tinha cenas escritas para este álbum que desapareceram também e eu tive que aceitar.
O pormenor interessante do Looper é que houve um bacano, meu amigo, que se chama Nelson Looper e trabalhava na Apple na altura. Eu tinha o meu iPhone e um dia vi que tinha zero notas, quando na verdade tinha centenas de notas escritas. Ele disse-me, “olha, mano, eu posso tentar arranjar forma de recuperar as tuas notas” e eu fiquei mesmo tipo “bro, obrigado! Se me safares as notas eu faço um álbum com o teu nome”. Ele pensava que eu estava a brincar, mas sou maluco o suficiente para fazer isso, basta arranjar uma forma interessante.
Outra cena é também o facto de ter loop lá dentro. O álbum um deep loop e é o que eu acho que aconteceu na minha vida para poder aprender as coisas.