Após 13 anos, o XV de Jaú está de volta à Série A3 do Paulista
O torcedor do XV de Jaú viveu uma verdadeira montanha-russa de emoções ao longo de 2024.
O ano mais especial da história do clube, que completa seu centenário nesta sexta-feira, começou de maneira promissora, passou por um período conturbado e decepcionante, mas se encaminha para o final em clima de festa.
O presente de aniversário veio com um cerca de dez dias de antecedência. E da melhor maneira possível: na base da surpresa, com o para lá de inesperado acesso à Série A3 que caiu no colo do clube.
Entenda - e relembre - abaixo como foi o centenário do Galo da Comarca. E que, até o dia 31 de dezembro ainda pode reservar surpresas para o torcedor quinzeano.
Ano novo, cara nova
A chegada do centenário levou o XV de Jaú a promover uma alteração no seu escudo, fazendo alusão à fundação do clube.
A nova identidade visual do Galo da Comarca padronizou a fonte utilizada e eliminou os dizeres "Fundado: 15-11-24", destacando a palavra Jaú e o ano completo da fundação do clube (1924).
Na ocasião, a diretoria anunciou que o objetivo da mudança era criar uma "estética mais contemporânea e unificar a identidade visual do clube".
Copo meio cheio...
A exemplo do que foi a temporada de 2024 para o XV de Jaú, a participação do clube na Copa São Paulo de Futebol Júnior foi de altos e baixos.
Jogando em casa, o Galinho surpreendeu ao encerrar a primeira fase com 100% de aproveitamento, deixando para trás o pentacampeão Internacional, que ficou com o segundo lugar na chave. Logo no primeiro mata-mata, porém, veio a decepção com a eliminação nos pênaltis para o CRB.
Nem por isso, porém, o clube saiu de mãos abanando: a equipe viu o meia Guilherme Said levar o Prêmio Dener, de gol mais bonito da competição. O gol, aliás, foi marcado contra o Colorado, que pouco depois acabaria contratando o jogador.
Decepção na A4
Sob o comando do técnico Tássio Lopes, o XV de Jaú fez uma campanha sólida na Série A4 e parecia que, enfim, iria exorcizar o fantasma das frustrantes eliminações em anos anteriores. Na hora de decidir, porém, a decepção voltou a se instalar nos arredores do estádio Zezinho Magalhães.
Precisando apenas de um empate para assegurar o acesso, o Galo decepcionou mais de oito mil torcedores presentes à sua casa e acabou atropelado pelo Rio Branco no segundo jogo da semifinal: 3 a 0 e (por ora) adeus ao sonho de deixar o limbo das últimas divisões estaduais.
Eliminação (e barraco) na Copa Paulista
Sem muito a perder, o XV de Jaú manteve boa parte do elenco e comissão técnica e voltou a disputar a Copa Paulista após mais de uma década de ausência. E, mais uma vez, tudo caminhava bem para o Galo da Comarca, que terminou a primeira fase na liderança do seu grupo - e com uma das melhores campanhas da competição.
No primeiro mata-mata, porém, mais decepção: depois de empatar no jogo de ida, o XV mais uma vez frustrou o torcedor ao perder em casa para o União São João e dar adeus à disputa.
Desta vez, a crise não parou por aí: após a queda, o técnico Tássio Lopes pediu demissão e detonou o presidente do clube, Careca Paiva, referindo-se ao dirigente como "vagabundo", "inseto" e "um câncer", entre outras expressões.
Festa no mês do centenário
Após um ano de frustrações em série, nem mesmo o mais otimista torcedor do XV de Jaú poderia imaginar um desfecho positivo para o centenário do clube. Mas, contrariando todas as expectativas, o presente de aniversário veio e não poderia ser melhor.
Com a desistência do Bragantino II de disputar a Série A3, o XV herdou a vaga por ter sido o terceiro colocado na A4 deste ano. Ainda que tenha ocorrido fora de campo, o acesso coloca fim a uma sequência de mais de uma década do Galo abaixo da terceira divisão estadual.
A nova perspectiva fez, inclusive, a equipe dar um gás no planejamento para 2025 com o anúncio do técnico Carlos Pimentel, ex-Ipatinga e Ituano.
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