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Por Ana Canhedo, Bruno Gutierrez e Yago Rudá — Santos, SP


Ana Canhedo traz informações sobre possíveis técnicos no Santos

Ana Canhedo traz informações sobre possíveis técnicos no Santos

O Santos completa nesta quarta-feira um mês sem técnico. Desde a demissão de Fábio Carille, com a Série B em andamento, a diretoria entrou em algumas negociações, mas ainda não conseguiu fechar com o novo comandante. Enquanto isso, o planejamento para 2025 engatinha.

Em entrevista ao ge há alguns dias, o presidente Marcelo Teixeira afirmou que o clube tinha um substituto, mas que não podia ser anunciado por questões contratuais. Embora não admita publicamente, o presidente se referia a Gustavo Quinteros, técnico do Vélez Sarsfiled, da Argentina.

O plano A do clube, porém, era outro: o português Luís Castro, sem clube desde a saída do Al-Nassr, da Arábia Saudita. O treinador, porém, nunca respondeu a oferta santista. Sem ele, a diretoria avançou por Quinteros e agora tenta uma outra alternativa com Gustavo Costas, do Racing.

Abaixo, o ge conta os bastidores dessas negociações.

Caso Quinteros

Desde que o nome de Luís Castro perdeu força pela demora do português em dar uma resposta, o clube abriu conversas com Quinteros e tem mantido contato com seu estafe. Há um diálogo constante entre as partes, mas não há avanço em relação ao que o presidente trata como acerto.

A negociação está travada não só por questões contratuais com o Vélez a serem respeitadas, mas também pela sequência de jogos de Quinteros por lá. O último compromisso será o "Trofeo de Campeones", jogo contra o Estudiantes, sábado, dia 21, para definir o grande time do ano na Argentina.

Só então o acordo poderá ser destravado e formalizado no papel. Enquanto isso, o Vélez tenta ajustar a renovação contratual de Quinteros, o que jogaria água nos planos do Santos. O presidente do clube argentino chegou a dizer que o acordo está "muito próximo" de ser assinado.

Gustavo Quinteros, técnico do Vélez, é o alvo do Santos — Foto: Vélez/Divulgação

Informalmente, o estafe de Quinteros sinalizou que não gostou da declaração pública do presidente santista sobre estar "fechado" com um treinador. Há o entendimento de que o Vélez tem a prioridade na renovação contratual e isso precisa ser respeitado.

Carille foi desligado em 18 de novembro, um dia depois de o Santos levantar o troféu de campeão brasileiro da Série B. A decisão colocou um ponto final em uma relação que havia se desgastado no decorrer da temporada.

Caso Castro

O Peixe passou semanas em negociação com Luís Castro e chegou até mesmo a receber António Teixeira, seu empresário, em São Paulo e nas dependências da Vila Viva Sorte, em Santos. Foram várias conversas e uma proposta formalizada ao português com promessa de investimento.

O problema é que o português ainda tem pendências financeiras com seu ex-clube, o Al-Nassr, e não pretende voltar a trabalhar antes de meados do trimestre do ano que vem. Incialmente, Castro havia sinalizado com uma resposta até 15 de dezembro, mas a resposta nunca chegou ao Santos.

Luis Castro antes de Al-Nassr e Al Taawoun — Foto: Site oficial do Al-Nassr

As semanas perdidas na negociação foram determinantes para que o Peixe chegasse no ponto em que está atualmente: obrigado a esperar até o fim de absolutamente todos os campeonatos do ano para conseguir avançar pelo outro nome, que é Quinteros.

Costas e outras opções

"Vacinado" pelo caso de Castro, o Santos monitora outros nomes no mercado caso o acordo com Quinteros não seja validado. Renato Gaúcho chegou a ser sondado e Cuca também esteve em pauta, mas não avançou por um acordo.

Com o diretor Alexandre Gallo em Buenos Aires, na Argentina, o ge apurou que Gustavo Costas, do Racing, tornou-se uma opção. Ele está em fim de contrato com o clube de Avellaneda e precisará sentar para tratar de uma eventual renovação.

E os jogadores?

Enquanto aguarda Quinteros, o Santos o mantém a par de suas negociações e tenta fechar algumas contratações antes da virada do ano. A mais relevante delas até o momento é uma possível troca envolvendo a ida de Jair Cunha ao Botafogo e aquisição de Tiquinho Soares e Danilo Barbosa.

O Peixe ainda exige do clube carioca uma compensação financeira de cerca de 10 milhões de euros (aproximadamente R$ 63 milhões) para liberar o zagueiro e ficar com os dois atletas. As conversas estão em andamento. O volante Zé Rafael, do Palmeiras, é outro que está em negociação.

Enquanto isso, o departamento de futebol busca a reformulação do elenco para 2025. Parte dos jogadores que foram campeões da Série B não permanecerão para a próxima temporada. São os casos dos atacantes Nacho Laquintana e Pedrinho, além do meia Serginho.

Outros atletas não terão o vínculo renovado como o goleiro Renan, o zagueiro Jhonnatan, o volante Alison e o atacante Bruno Marques. Otero teve seu contrato renovado e Gil também deve ficar. Mas Giuliano está perto da rescisão contratual.

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