TIMES

Por Vinícius Alves — Paris, França


A vida da triatleta brasileira Luisa Baptista, de 30 anos, vai se retratada em um documentário. As primeiras cenas da produção estão sendo captadas durante as Olimpíadas de Paris, onde ela está a convite da Confederação Brasileira de Triathlon sete meses após ser atropelada durante um treino em Santa Eudóxia, distrito de São Carlos (SP). Luisa, ouro no Pan de 2019, prata e bronze nos circuitos mundiais e 32ª colocada nos Jogos de Tóquio - vinha de lesão -, era uma das cotadas para competir na França.

Em Paris, Luisa Baptista fala de recuperação e acompanha prova do triatlo

Em Paris, Luisa Baptista fala de recuperação e acompanha prova do triatlo

A ideia do documentário partiu da família da triatleta, que sofreu múltiplas fraturas por conta do acidente, passou por nove cirurgias, teve oito paradas cardiorrespiratórias e ficou quase 200 dias internada.

Atualmente, ela já consegue caminhar com apoio de uma bengala e voltou a pedalar, mesmo que em bicicleta fixa. Semanalmente, Luísa faz sessões de fisioterapia, inclusive durante a estadia em Paris.

- Estamos desenvolvendo este projeto há algum tempo. Estamos no processo de pré-produção desde maio, com o auxílio do nosso amigo e diretor de fotografia, Eduardo Saldanha e iniciamos as captações de imagens com a vinda da Luisa à Paris. No documentário, além de contar a trajetória da Luisa como atleta, iremos abordar a história e sua recuperação do acidente que colocou sua vida por um fio – explicou Vitor Duarte, irmão de Luísa, que a acompanha na França.

Luisa Baptista com o irmão Vitor (de azul) e o diretor de fotografia Eduardo Saldanha em Paris, durante as Olimpíadas — Foto: Arquivo Pessoal

A obra deve relatar, além do acidente e da recuperação, a história da triatleta desde a infância em Araras (SP), onde a família vive, o início no esporte e as projeções para o futuro.

-Iremos abordar os sentimentos dela estando aqui [em Paris], o reencontro com os amigos e o contato tão de perto com uma prova olímpica, levando em consideração que ela com certeza estaria entre os convocados. Outra questão fundamental é o futuro dela, sua ambição em conseguir voltar a ser uma atleta de ponta, passando por todas dificuldades que ela já superou e ainda vai superar – disse Vitor.

Ainda não há um prazo para o lançamento do documentário, nem a plataforma em que ele estará disponível.

Luisa embarcou para Paris no dia 25 de julho para acompanhar as provas individuais de triatlo e também do revezamento misto, além de outras ações durante as Olimpíadas, como visitas à Casa Brasil.

Veja também

Mais do ge