A triatleta Luisa Baptista, de 30 anos, estará nos Jogos Olímpicos de Paris a convite da Confederação Brasileira de Triathlon sete meses após ser atropelada durante um treino de bicicleta em dezembro de 2023 em Santa Eudóxia, distrito de São Carlos (SP).
Luisa Baptista, triatleta que foi atropelada, revela que vai para Jogos de Paris
A campeã pan-americana de 2019, que se recupera do acidente, fará parte da delegação brasileira como forma de incentivo aos atletas. Ela já disputou os Jogos de Tóquio, em 2021, e terminou na 32ª posição.
- Estou extremamente feliz de ir para Paris. É uma oportunidade única. Para falar a verdade, estou mais feliz do que da outra vez que fui aos Jogos. A experiência vai ser muito maior. Vou poder dar uma força para toda equipe para lá. Só tenho a agradecer à Confederação Brasileira de Triathlon, ao Comitê Olímpico do Brasil, que foi essencial na minha recuperação. Não só ele, mas todos os meus patrocinadores, ao Sesi. Sem eles a recuperação não seria possível e o sonho de ir para Paris não estaria acontecendo - afirmou a triatleta.
Luisa embarca para Paris no dia 25 de julho. As provas de triatlo nas Olimpíadas acontecem nos dias 30 e 31 de julho, com o individual masculino e feminino, respectivamente, e 5 de agosto, com o revezamento misto.
- A experiência lá vai ser muito boa e, com certeza, a equipe do Brasil vai competir muito bem. Estão todos muito preparados. Quem sabe não vem a primeira medalha do triatlo nos Jogos Olímpicos. Vou ajudar ao máximo os atletas na parte técnica com a experiência que tenho de já ter participado dos Jogos - disse.
Recuperação
Desde 7 de junho, Luisa está em Araras (SP), onde nasceu e tem contado com o apoio da família na recuperação. Ela ganhou uma nova bicicleta para treinos por meio de uma rifa feita durante o período de quase 170 dias de internação.
A triatleta passou pela Santa Casa de São Carlos, Hospital das Clínicas de São Paulo e Hospital São Luiz – Itaim, também na capital do estado. Ela teve 28 pontos de fraturas no corpo, duas perfurações no pulmão, oito meses em coma, oito paradas cardiorrespiratórias e nove cirurgias.
Em alta, o tratamento de Luisa tem sido focado em sessões de fisioterapia três vezes por semana e fortalecimento muscular. Ela ainda precisará fazer uma cirurgia em uma das mãos, ainda sem data programada pelos médicos.
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