A triatleta Luisa Baptista ganhou uma nova bicicleta e celebrou nas redes sociais. A que ela usava ficou destruída no atropelamento em 23 de dezembro de 2023 em Santa Eudóxia, distrito de São Carlos (SP). Luisa faz 30 anos neste sábado e brincou estar em dúvida se o presente era de aniversário o de Natal.
- Não sei se esse foi só meu presente de Natal ou um de aniversário caprichado – escreveu a triatleta.
Triatleta recebe bicicleta nova após perder a antiga em atropelamento
A nova bicicleta foi fruto de uma rifa organizada pelo empresário Gustavo Slaib. Durante o período de recuperação da triatleta, amigo, familiares e fãs puderam comprar os números. O valor foi revertido na compra da bike profissional.
- Eu não tinha pedido nada. Nem conhecia o Gustavo. E puxa, ele me ajudou muito (...) Vocês me ajudaram demais nessa minha reabilitação e sou muito grata a todos vocês – agradeceu Luisa.
Depois de quase 170 dias do atropelamento, Luisa voltou para a casa da família, em Araras (SP), pela primeira vez na última semana. Ela foi recebida com festa e homenagens por familiares e amigos.
Por conta do atropelamento, Luísa teve 28 pontos de fratura no corpo por conta do acidente. Foram duas perfurações no pulmão, dois meses em coma, oito minutos de parada cardiorrespiratória e nove cirurgias durante a recuperação.
A triatleta campeã panamericana, Luisa Baptista, é recebida com festa na volta a cidade de Araras, SP
Ela passou pela Santa Casa de São Carlos (SP), Hospital das Clínicas de São Paulo e Hospital São Luiz - Itaim, zona Sul da capital, onde permaneceu por mais de dois meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Quando teve alta, seguiu tratamento de reabilitação em uma clínica na Vila Mariana, também na zona Sul. No fim de maio, ela voltou ao hospital para a última cirurgia de prótese no quadril, onde ficou internada até essa sexta-feira.
Atropelamento em dezembro de 2023
O acidente aconteceu em 23 de dezembro de 2023 na Estrada Municipal Abel Terrugi (SCA-329), no distrito de Santa Eudóxia, em São Carlos. O caso é investigado pela Polícia Civil como lesão corporal culposa (quando não há intenção) na direção de veículo automotor.
A defesa da triatleta pediu ao Ministério Público que o caso seja tratado como tentativa de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.
Na noite antes do acidente, Nayn José Sales foi a uma festa open bar numa casa noturna. Ele disse à polícia que não ingeriu bebida alcoólica, chegou em casa por volta das 4h30, dormiu pouco e que no momento do acidente estava indo trabalhar.
Sobre não ter CNH, ele disse ao portal g1, em março, que já tinha iniciado o processo na autoescola.
O inquérito policial que investiga o acidente envolvendo o motociclista e a triatleta foi aberto em 9 de janeiro de 2024, 17 dias depois do fato.
A investigação do atropelamento segue sendo feita pelo 1º DP de São Carlos. Em nota em maio deste ano, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a polícia "realiza diligências em buscas de elementos que auxiliem na elucidação dos fatos".
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