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Por Paulo Taroco — Osvaldo Cruz, SP


Votuporanguense e Portuguesa disputam uma das vagas na final da Copa Paulista, e um duelo em particular faz lembrar períodos melhores recentes do hoje licenciado Osvaldo Cruz. Pelos lados da Lusa, está Carlos Henrique. No CAV, se encontra o meio-campista John Egito, o Baiano nos tempos de Azulão.

Regularmente titulares, ambos vivem boa fase com seus times. A missão agora é transformar o bom momento em título e, antes disso, em classificação assegurada a uma competição nacional. O campeão escolhe jogar a Copa do Brasil ou a Série D do Campeonato Brasileiro, e a vaga remanescente fica com o vice.

John Egito conduz a bola e é observado por Carlos Henrique na partida disputada no Canindé — Foto: @pedrozacchi/CAV

Na partida de ida, a Portuguesa aproveitou o fator casa e venceu por 1 a 0 no Canindé. Cristiano marcou. Neste sábado (28), às 18h, o CAV decide no Plínio Marin e precisa de dois gols de vantagem para resolver no tempo normal. Caso vença por um gol, a decisão será nos pênaltis.

– A confiança é importante para trabalharmos no dia a dia, chegarmos ao jogo bem. Sabemos da vantagem. Porém, não podemos sentar em cima dela, pois será um jogo muito difícil. Decidindo em casa, o time deles é bem qualificado. Vamos com o pensamento positivo para sair com a vitória e classificados à final – garantiu Carlos Henrique.

– Sabemos que lá fizemos um ótimo jogo, mas infelizmente não veio a vitória. É trabalhar agora nesta semana para, no sábado, a gente dar nosso melhor e sair com a classificação – disse John Egito.

Carlos Henrique é lateral-esquerdo, mas, na partida de ida da semifinal, atuou em uma posição mais adiantada, jogando, aliás, com a camisa 11, mais perto da área rival. É a segunda passagem dele pela Lusa. Em 2022, ajudou o time a conquistar o título da Série A2 e o acesso ao Paulistão. O elenco teve o prudentino Caio Mancha.

– Acredito que, nesta segunda passagem, tive contribuições maiores do que na primeira. Na primeira, pude me consolidar campeão paulista da A2. Agora, se Deus quiser, serei campeão novamente e seguirei fazendo história nesse clube, pelo qual tenho um carinho muito grande.

Carlos Henrique falou das duas passagens pela Lusa — Foto: Instagram/Reprodução

John Egito defendeu o Noroeste na última A2. Ele estava no clube de Bauru desde 2019, assim que deixou o Osvaldo Cruz. O técnico do CAV, Rogério Corrêa, tem feito rodízios em relação à escalação titular. E o meio-campista esteve dentre os 11 iniciais em campo em nove das 13 partidas.

– Graças a Deus, tive uma passagem muito vitoriosa pelo Noroeste. Eu tenho contrato com o CAV, então penso em dar continuidade a esse belíssimo trabalho que o Rogério e o elenco vêm fazendo. Acho que nosso time vai brigar pelo acesso [na Série A2]. Um time da forma e maneira que nós jogamos vai atrás desse grande acesso para o clube.

John Egito e companhia terão que reverter a vantagem da Lusa no Plínio Marin — Foto: @pedrozacchi/CAV

Ainda atendendo pelo apelido de Baiano, John desembarcou no Azulão em 2015. A fase difícil daquele período deu lugar à campanha de 2017, a qual chegou às quartas de final do Paulista da Segunda Divisão – quarto patamar estadual na época.

A equipe era treinada por Luciano Baiano e ajudou nomes como o de Júnior Santos (no Botafogo) e Felippe Cardoso (ex-Santos e Fluminense) a despontarem. John Egito tem 29 anos.

Carlos Henrique está com 23. Chegou ao Osvaldo Cruz em 2017 e passou pelas categorias de base. Também recebeu oportunidades no elenco de cima, quando atuou com o ainda Baiano. Após deixar o Oeste Paulista, defendeu a base do Corinthians, Atlético-GO e rodou por outras equipes do interior do país.

– Eu sou muito grato ao Osvaldo Cruz por ter me dado essa oportunidade. Na época, o Fino, e, na reta final da minha passagem por aí, o Rubens Romanini, que me ajudou muito e conseguiu me levar para o Noroeste – lembrou Baiano.

– É um clube no qual eu comecei logo que cheguei a São Paulo, clube pelo qual eu tenho muito carinho também. Lá, pude trabalhar em competições tanto de base quanto profissional. A partir disso, tive mais oportunidades no mundo do futebol, abriram-se muitas portas. Graças a Deus, muitas coisas aconteceram desde então – disse Carlos Henrique.

"Abriram-se muitas portas", disse Carlos Henrique sobre o início no Oeste Paulista — Foto: Instagram/Reprodução

Situação do Osvaldo Cruz

O Azulão participou do quarto patamar paulista pela última vez em 2022. Neste ano, a Federação Paulista de Futebol (FPF) criou o quinto degrau, por onde o Azulão deverá recomeçar em caso de retorno. Fundado em 2004, o clube chegou a disputar a A2.

Na última terça-feira (24), o presidente Rubens Romanini reiterou que os projetos com as categorias menores seguem no município. Por outro lado, um eventual retorno do profissional estaria condicionado, em um primeiro momento, ao desfecho da reforma do Estádio Brenão. Depois, ao cenário apresentado pela cidade, quanto ao apoio e questão política.

No fim de 2022, o dirigente fundou em São José do Rio Preto, cidade onde reside, o Atlético Rio-Pretense. Os trabalhos estão voltados às categorias de base, mas Romanini não descartou a possibilidade de, no futuro, o Atlético substituir o Osvaldo Cruz em sua lista de prioridades quanto a seguir no futebol profissional.

Em 2023, o dirigente tentou uma parceria administrativa com o tradicional América de Rio Preto, por meio de uma SAF. A tentativa não avançou.

Rubens Romanini, dirigente do Osvaldo Cruz, falou dos novos projetos em Rio Preto, agora com o Atlético — Foto: Rubens Romanini/Cedida

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