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Por Redação do ge — Volta Redonda, RJ


Volta Redonda 2024 campeão série c — Foto: Raphael Torres/VRFC

Athletico-PR, Coritiba, Cuiabá, Atlético-GO… Esses serão alguns dos obstáculos do Volta Redonda para, primeiramente, lutar para permanecer na Série B do Brasileirão em 2025 - e, posteriormente, para sonhar com o acesso à Série A. Mas, afinal, como se equiparar aos clubes com maior receita e que frequentaram a Série A nos últimos anos, em uma competição tão acirrada como a Série B?

Depois de ser campeão da Série C, em 2024, o Voltaço volta a disputar a segunda divisão nacional depois de 26 anos distante. O caminho até aqui demandou criatividade e assertividade, depois de seis tentativas, mesmo não estando entre as maiores receitas dos clubes da Série C.

Para entender, em números, a discrepância financeira, é possível fazer um comparativo entre arrecadações. Segundo os últimos balancetes divulgados, em 2023 o Volta Redonda arrecadou cerca de R$ 11 milhões. No mesmo ano, o Cuiabá, que estava na Série A, teve uma receita de R$ 168,5 milhões. O Athletico-PR arrecadou cerca de R$ 417 milhões no mesmo ano. Já o CRB, último time a se salvar do rebaixamento na Série B em 2024, arrecadou R$ 45,6 milhões no ano passado.

Athletic; Volta Redonda; final; Série C — Foto: Breno Babu/CBF

Para tentar buscar o equilíbrio na temporada e conseguir se nivelar aos clubes da Série B, a estratégia do Volta Redonda deve ser conter os gastos durante o estadual e investir mais em elenco ao fim do Campeonato Carioca. Há alguns indícios que endossam essa tese.

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Neste início de mercado de transferências, o Volta Redonda aposta nas renovações de contrato, mantendo a espinha dorsal de um time que deu certo. Dos onze jogadores que terminaram o ano como primeiras opções de Rogério Corrêa, apenas Douglas Skilo não permaneceu no clube. A ideia parece ser a manutenção da linha de trabalho, com as mesmas peças, para o estadual, apostando na consistência do trabalho do treinador.

Rogério Corrêa, treinador do Volta Redonda — Foto: Divulgação/Volta Redonda F.C.

O clube já trabalha com alguns nomes que podem chegar com foco Brasileirão. Entre eles, o experiente meia Chay, de 34 anos, cujo salário é considerado acima da média do elenco atual. Durante as tratativas, a diretoria do Esquadrão de Aço e os representantes do jogador colocaram os valores na mesa e houve o consenso de que o Voltaço só teria condições de pagar os vencimentos de Chay a partir de abril - o que pode indicar um fluxo de caixa maior depois do estadual.

Por fim, a indicação de uma postura mais conservadora no Carioca não significa que o clube não vai fazer contratações importantes no primeiro quadrimestre, tendo em vista as oportunidades de mercado. Tampouco que o clube abre mão do Campeonato Carioca. Mas sim que o Voltaço considera a continuidade do trabalho final de 2024 uma fórmula que pode render os resultados esperados no estadual.

Em uma competição onde não há discussões sobre premiação, a maior conquista financeira do Volta Redonda seria uma vaga garantida na Copa do Brasil de 2026, uma vez que um título estadual, no momento, ainda é uma realidade distante, além de onerosa. E para atingir esses objetivos, o clube só precisa se sobressair aos demais times de menor investimento - que, quando muito, vão disputar a Série D do Brasileirão em 2025.

Jogadores do Volta Redonda comemoram título da Série C do Brasileiro

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