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Por Rodrigo Saviani — Curitiba


Athletico é rebaixado no ano do centenário

Athletico é rebaixado no ano do centenário

O rebaixamento do Athletico à Série B do Brasileiro, no ano do centenário do clube, foi ganhando corpo em vários capítulos ao longo da temporada. Uma campanha que foi do sonho do G6, com direito a liderança do Campeonato Brasileiro, até um longo jejum e vários tropeços, culminado na queda na última rodada.

O ge listou os principais passos dessa trajetória e que levaram o Athletico a cair à Série B pela quarta vez na história do clube.

Empolgação e liderança no início

O Athletico estreou no Brasileirão animado pelos resultados no começo da temporada – tinha conquistado o título paranaense e fazia um bom começo de Sul-Americana. Na Série A, o Furacão só perdeu uma vez nas primeiras seis partidas e liderava o campeonato após vencer o Palmeiras, por 2 a 0, na Arena Barueri. Porém, veio o mês de junho, e tudo começou a mudar.

Athletico vence o Palmeiras e segue líder do Brasileirão

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O drama dos gols no fim

Um dos grandes problemas do Athletico foi o número de gols sofridos a partir dos 40 minutos do segundo tempo. Três deles saíram de forma consecutiva, em empates contra Flamengo, Botafogo e Corinthians, e custaram a saída de Cuca.

Ao todo foram 10 jogos com o Athletico sofrendo gols no fim, sendo que oito deles custaram derrotas ou empates ao Furacão. Foram 13 pontos desperdiçados desta forma.

Athletico deixa vitória escapar no fim e só empata com o Bahia

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Longo jejum

Da liderança obtida na sexta rodada, após vencer o Palmeiras, até o fim do Brasileirão, o Athletico só ganhou sete jogos. No returno, o Furacão amargou 11 jogos seguidos sem vencer, sendo sete com Martín Varini e quatro com Lucho González. Sequência que fez o time deixar de sonhar com G6 para passar a ser assombrado pelo Z4.

Athletico perde mais uma e chega a 11 jogos sem vencer na Série A

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"Dependência" de Fernandinho

A instabilidade do Athletico coincidiu também com a saída de Fernandinho do time após uma lesão muscular mais séria, sofrida no dia 22 de agosto, contra o Belgrano, pela Sul-Americana.

Ele ficou fora por mais de dois meses e desfalcou o Furacão em 12 jogos. Foram quatro partidas nas eliminações na Copa do Brasil e na Sul-Americana, para Vasco e Belgrano, respectivamente, e outras oito pelo Brasileirão, com dois empates e seis derrotas.

A volta de Fernandinho, peça fundamental no Athletico

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Fernandinho acelerou o processo de recuperação e voltou na reta final, mesmo que no sacrifício, para tentar ajudar o Athletico.

Falta de reforços

Após fazer um alto investimento em contratações no começo do ano, o Athletico praticamente não se movimentou no mercado na segunda e última janela da temporada.

Mesmo em queda de rendimento e com algumas lacunas no elenco, o Furacão só contratou o meia Bruno Praxedes, ex-Vasco e emprestado pelo Bragantino, e o zagueiro Marcos Victor, do Bahia. O primeiro teve poucas chances, enquanto o segundo só atuou por pouco mais de três minutos.

Athletico pode ter estreia de Praxedes contra o Vasco

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Trocas de técnico

O Athletico teve três treinadores no Brasileirão: Cuca, Martín Varini e, por último, Lucho González. Antes, Juan Carlos Osorio tinha sido demitido ainda no Paranaense, na única derrota no estadual, para o Londrina, nas quartas de final.

Cuca ficou no cargo nos primeiros 11 jogos. O time tinha 19 pontos e estava em quinto na classificação quando ele saiu. O interino Juca Antonello comandou o Athletico em cinco partidas, e o Furacão era o sétimo, com 25 pontos, quando ele passou o bastão em definitivo para Martín Varini.

Baixo aproveitamento de Lucho preocupa os Athleticanos

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O técnico uruguaio ficou à frente do Rubro-Negro em nove partidas e só venceu uma vez. Foi demitido quando o Athletico estava em 13º, com 31 pontos. Lucho chegou e somou 11 pontos em 12 jogos, incluindo a última rodada.

Sem força em casa

A falta de força dentro da Arena pesou no rebaixamento do Athletico à Série B. O Furacão teve o quarto pior aproveitamento como mandante no Brasileirão, conquistando apenas 25 dos 57 pontos possíveis – 43,9%. Em 19 jogos, foram sete vitórias, quatro empates e oito derrotas.

Nem mesmo o “pacto” criado com o torcedor na reta final surtiu o melhor efeito. Os torcedores fizeram a parte deles, com mais de 40 mil pessoas no estádio nas seis partidas na campanha feita pelo clube. Os resultados, porém, não foram os melhores, com três vitórias, um empate e duas derrotas.

No ano do Centenário, o destaque do Athletico é a torcida

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Destes jogos, o Furacão deixou escapar a chance de se livrar do rebaixamento no empate com o Fluminense (na 36ª rodada, onde uma vitória resolveria) e na derrota para o Bragantino (na penúltima rodada, um empate sacramentaria a permanência na Série A).

Ataque em baixa

O poder ofensivo do Athletico também ficou a desejar no Brasileirão. O Furacão fechou o campeonato com o quarto pior ataque, com 40 gols em 38 jogos, média de pouco mais de um gol por partida. Foi melhor apenas que o Fluminense, o Atlético-GO e o Cuiabá.

Athletico lamenta rebaixamento — Foto: Gilson Lobo/AGIF

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