O Flamengo-PI entrou com uma ação na 6ª Vara Cível da Comarca de Teresina em busca de explicações sobre a venda da "Vila Olímpica", antiga sede do clube, adquirida, segundo o clube, em 1986 e vendida em 2013.
Em comunicado, o Mais Querido comentou que o processo de busca anulação da adjudicação compulsória, medida legal que permite a alguém receber a propriedade de um imóvel prometido em contrato, além da anulação do ato jurídico de venda do local. Veja abaixo o comunicado completo do clube.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
- Após um longo período incansável de trabalho da gestão do atual Presidente, André Russo, em buscas por documentos oficiais registrados em vários cartórios da capital, que viessem de fato, esclarecer e provar aos sócios, torcedores e à sociedade piauiense de modo geral, que os trâmites do processo da venda da antiga sede do clube, a Vila Olímpica, adquirida em 1986, realizado inicialmente em 2008 e finalizado em 2010 com a compra e venda do espólio e concretizado entre 2013 com o terreno vendido definitivamente, e 2020 com o recebimento da escritura pública por parte do comprador, foi ilegal e irregular, documentos esses que deixam claro como se deu a caracterização de toda a ação que lesou gravemente e seriamente a instituição.
Na manhã desta quarta-feira (30), o jurídico do clube ingressou no tribunal de justiça do estado do Piauí, com uma ação de adjudicação compulsória c/c anulação de ato jurídico, ação esta que se encontra na 6ª Vara Cívil da Comarca de Teresina.
Seguiremos acompanhando atentamente os próximos passos desse processo - finalizou o clube em nota.
Presidente do Flamengo-PI, André Russo relatou que desde o início do ano iniciou as buscas sobre este processo e relatou que no último mês precisou percorrer os cartórios de Teresina para achar documentos oficiais sobre. De acordo com ele, há irregularidade no processo.
- Esse procedimento aconteceu de uma forma de buscas de documentação que eu tive que fazer ao longo de alguns meses. Basicamente, a gente começou esse processo quase no começo do ano e fomos atrás de muitos documentos. Eu tive que percorrer de vários cartórios na capital para que eu pudesse fazer coleta de informações, de documentos oficiais, com certidões de inteira terror, escrituras públicas - citou André Russo, presidente do Flamengo-PI, que ainda completou:
- Foram vários tipos de documentos que foram conseguidos e depois foi analisado com o jurídico. Tudo que aconteceu e como é que o trâmite realmente se deu. De uma forma clara e conclusiva ficou provado que essa venda foi irregular. Houve uma fraude também em relação a isso, de documentos. Também teve uma irregularidade muito grande, foi um processo totalmente irregular, fraudulento e ilegal - finalizou sobre o assunto.
O Flamengo-PI não divulgou oficialmente documentos sobre o caso. O clube ainda vai aguardar uma resposta da justiça para expor com mais detalhes o caso.
- É uma coisa muito séria que está envolvida e a gente vai bater em cima. Acima disso, para tentar realmente reaver o que o Flamengo-PI realmente tem direito - finalizou o gestor.
Entenda como funcionou o processo de venda da sede do Flamengo-PI
Veja fotos de como era sede do Flamengo-PI
Sem sede, o reflexo da venda do patrimônio do clube implica no dia a dia do clube, quando está ativo em competições. Por exemplo, na Série B do Piauiense deste ano, o Flamengo-PI precisou usar o estádio Lindolfo Monteiro e o setor de esportes da Universidade Federal do Piauí (UFPI) para trabalhar. O Mais Querido segue na Segundona do estadual após não conseguir o acesso de divisão em 2024.
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