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Por Camila Sousa — Recife


Parte a parte ainda discutem o melhor formato, mas o Governo do Estado tem negociação em andamento para que o Sport utilize a Arena de Pernambuco já a partir do próximo ano. O tema, antes deixado a panos quentes, voltou ao debate em função da futura retrofit da Ilha do Retiro, uma reforma planejada para requalificar as instalações do estádio.

A informação, divulgada em primeira mão pelo jornalista José Matheus Santos, da Folha de São Paulo, foi confirmada pelo ge com fontes do Palácio do Campo das Princesas e com o presidente rubro-negro, Yuri Romão.

Torcida do Sport na Arena de Pernambuco para a final contra o Fortaleza — Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press

A retrofit é um termo utilizado para reformas que revitalizam instalações sem necessariamente envolver mudanças significativas em estrutura. Ou seja, a Ilha do Retiro permaneceria do jeito que é quanto às suas características, mas se tornaria mais confortável ao torcedor e profissionais de diversas áreas que trabalham em jogos ou no dia a dia do clube.

E por que, então, os interessados ainda discutem o melhor formato da operação? Porque não houve, por exemplo, um período estabelecido para o início e o fim das obras na Ilha do Retiro, ou até mesmo um plano de mobilidade urbana fechado que viabilize uma futura transferência.

Afinal, há um gargalo antigo de deslocamento de torcedores ao estádio, localizada em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife - e a 16 quilômetros de distância da casa do Sport.

Sport recebe visita de investidores na Ilha do Retiro — Foto: Sport Club do Recife

O plano e... O sonho

Ideia encabeçada pelo presidente Yuri Romão, a retrofit da Ilha do Retiro é assunto no Sport há mais de um ano - quando, após as eleições do executivo, o tema ganhou novas demonstrações públicas de interesse da gestão rubro-negra em tirar o plano do mundo das ideias e colocá-lo no papel.

Sob única condição: "A Ilha não será derrubada", garantiu, à época, o dirigente.

- A Ilha do Retiro, de fato, precisa passar por algumas intervenções, independentemente se vai ser uma reforma. Se a gente não conseguir equacionar o projeto financeiro (da retrofit), o mínimo que vai acontecer é uma reforma grande no gramado, e uma intervenção também muito grande na parte elétrica e de cabeamento, e aumento ou troca total da iluminação - explicou Yuri, ao ge, nesta quarta.

Em outubro do ano passado, investidores de dois grupos diferentes voltaram a visitar as dependências do Adelmar da Costa Carvalho para traçar planos de revitalização do estádio - o complexo é avaliado em mais de R$ 230 milhões.

O Sport tem como inspiração os projetos do Allianz Parque e do Beira Rio e organizou a criação de um comitê para avaliar as propostas das construtoras em contato com o clube - além de viagens já realizadas pelo presidente Yuri Romão para conhecer o complexo do Internacional.

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