A última semana de vexames do Santa Cruz, com derrota para o Íbis e eliminação nos pênaltis para o Petrolina, repercutirá bastante no calendário 2024 do time. Porque, se neste ano o Tricolor corria risco, no pior dos casos, de disputar apenas 28 jogos, na temporada que vem o número pode cair em mais da metade: apenas 12.
Teria, portanto, neste cálculo, só a primeira fase do Campeonato Pernambucano, com 12 rodadas, para jogar - se o atual modelo permanecer.
Mas por quê?
Tudo isso potencializado, primeiro, pela chance do time não ter série nacional em 24 (hoje joga a Série D do Brasileiro), já que não garantiu a participação via Estadual após a derrota em casa para o Íbis (veja cenários).
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Depois, um novo tombo se somou. Diante do Petrolina, nas quartas de final do Estadual, o Santa Cruz também perdeu - junto à chance de jogar a Copa do Brasil, cuja próxima edição já vale o novo formato que fortalece os campeonatos locais.
Na Copa do Nordeste, por fim, onde jogou a fase preliminar na atual temporada, o time tricolor corre risco de ficar até fora das eliminatórias do Regional caso o Sport não fature a sua 43ª taça. O Leão encara, nas semifinais, o Petrolina, na Ilha do Retiro, nesta sexta-feira.
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E as receitas?
A reboque da possibilidade de um ano comprometido, enxuto, vem a queda drástica em receitas. Algo que, neste ano, com as participações na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil, o Santa Cruz teve alívio financeiro enorme.
Somadas, as classificações para a fase de grupos do Regional e à segunda fase da Copa do Brasil injetaram mais de R$ 3,5 milhões aos cofres tricolores - em valores praticamente líquidos, já que o clube passa por período de recuperação judicial.
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