Desde 2018, o interminável uruguaio Loco Abreu ostenta o recorde de ser o jogador que passou por mais equipes diferentes no futebol profissional. Atuando desde o ano passado no Boston River, do Uruguai, o atacante de 43 anos já passou por 29 clubes. A marca é reconhecida pelo Guinness Book, o Livro dos Recordes. Mas o atacante uruguaio tem um companheiro de América do Sul para ameaçar seu trono - e provavelmente, roubá-lo. É o argentino Frontini, de 38 anos, que atualmente joga no Treze, clube que disputa o Campeonato Paraibano e a Série C do Brasileiro.
O atacante do Galo da Borborema está em seu 33º time profissional em sua carreira. E já tem uma maior quantidade de clubes no currículo do que o uruguaio.
- Eu acredito que estamos empatados, se for considerar equipes que jogaram competições nacionais. Está em 29 a 29. Seria legal passar dele - contou o argentino ao GloboEsporte.com.
Na contagem de Loco Abreu, no entanto, que no momento está em 29 times, é considerado o Rio Branco-ES, clube onde jogou em 2019. Apesar de ser uma equipe tradicional do estado, naquele ano, o time disputou apenas competições do Espírito Santo e não jogou nenhuma competição nacional. O que pode ajudar Frontini a ser reconhecido como o novo dono do recorde.
Natural de Buenos Aires, Carlos Esteban Frontini chegou ao Brasil com cinco anos. Fala muito melhor português do que espanhol, e foi no maior país da América do Sul que construiu a sua carreira de futebolista. Andarilho da bola, o atacante jogou nas cinco regiões do país.
Ficou mais conhecido no futebol brasileiro por sua passagem em 2005 pelo Santos, o maior clube de sua carreira. Frontini diz ter apenas uma pequena frustração na sua trajetória: não ter jogado no seu país. Em entrevista ao programa Ataque Futbolero, da Radio Club 947, da Argentina, relembrou a sua passagem no Peixe e falou em qual clube argentino queria jogar.
- Foi uma passagem muito boa no Santos, mas que acabou sendo atrapalhada por conta de duas lesões que tive. Mas foi bom jogar num grande clube do país. Eu queria muito ter jogado na Argentina, não penso em parar ainda, e, quem sabe, eu possa jogar no meu país. Na Argentina eu sou Estudiantes, seria um prazer jogar lá. Sou um atacante de área, que joga perto do gol. Batistuta é uma das minhas referências. Vi muito ele na passagem pelo futebol italiano, na Fiorentina e na Roma. No Brasil, Ronaldo é outra referência que tenho - disse o atacante.
Apesar da marca importante e histórica que pode ser reconhecida pelo Guinness no futuro, Frontini faz questão de ressaltar que isso é secundário. Seu maior objetivo é ganhar títulos pelo Treze, sua atual equipe, e seguir fazendo gols.
- É legal a marca, mas eu só vou continuar em campo enquanto eu tiver condições. Não é nenhuma obsessão. Me sinto bem ainda e tenho prazer em jogar. Não tenho data para parar. Foco no momento e estou me entregando 100%. Quero ser campeão em todo lugar e é assim no Treze. Acredito que serei campeão no Treze - finalizou.
Frontini vestiu profissionalmente a camisa de 33 clubes: Mogi Mirim, Corinthians-AL, Vitória, Vosrkla Plotava-UCR, União Barbarense, Marília, Ponte Preta, Santos, Pohang Steelers, América-RN, Figueirense, Mirassol, Goiás, Botafogo-SP, CRB, Bragantino, Remo, Duque de Caxias, Boavista-RJ, Ipatinga, Red Bull-SP, Brasiliense, Volta Redonda, Vila Nova, Botafogo-PB, Crac, Sergipe, XV de Piracicaba, Confiança, Ypiranga-RS, Cianorte-PR, Jaraguá-GO e Treze.
Com mais de 100 gols na carreira, Frontini atualmente é reserva no time paraibano. Em quatro partidas disputadas pelo Campeonato Paraibano, o centroavante ainda não marcou nenhum gol com a camisa do Galo de Campina Grande.
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