Em decisão histórica, a partir de 2028, o Comitê paralímpico Brasileiro (CPB) passará a ser presidido somente por pessoas com deficiência elegível para o esporte olímpico. A decisão unânime, que foi tomada em reunião extraordinária da Assembleia Geral, foi divulgada nesta terça-feira (12). A medida passa a valer na próxima eleição da entidade, em outubro do mesmo ano, após os Jogos Paralímpicos de Los Angeles.
Desde sua fundação, em 1995, o Comitê teve poucos presidentes com deficiência. O primeiro foi Vital Severino Neto, que esteve no cargo entre 2001 e 2009. O outro foi Mizael Conrado, que assumiu o cargo em 2017 e terminará sua gestão em dezembro deste ano. O ex-atleta de futebol para cegos, José Antônio Freire, eleito presidente em outubro desde ano e que toma posse a partir de 6 de janeiro, também entra nessa lista e se tornará o terceiro mandatário.
A reunião desta terça definiu também outras alterações na entidade. Além da mudança na escolha da gestão, o sistema de votação para o cargo também vai ser modificado. A partir de 2028, não haverá mais votações distintas para presidente e vice-presidente. Os candidatos para ambos os cargos deverão concorrer por meio de chapas.
A criação da da Secretaria de Governança e Controles também foi pauta. Paulo Losinskas, até então diretor jurídico e de compliance, terá a missão de garantir a adoção de melhores práticas de governança dentro do CPB.
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