A capacidade de empilhar medalhas de ouro - em Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais - é ímpar. Colecionadora de títulos e pulverizadora de recordes, Shelly-Ann Fraser-Pryce tinha uma lacuna em seu carreira: faltava um troféu do Prêmio Laureus. Faltava. Na segunda-feira, em cerimônia realizada em Paris, na França, a jamaicana, que havia batido na trave por cinco vezes, ostentou, orgulhosa, a mais nova conquista na categoria "Atleta do Ano".
Diferentemente de Lionel Messi, vencedor do mesmo quesito no masculino, Shelly-Ann Fraser-Pryce compareceu à coletiva de imprensa, visivelmente empolgada com a estatueta do "Oscar dos Esportes".
- É uma grande honra. Pensei nisso por muito tempo. Eu compareci no meu primeiro prêmio em 2012, depois no Rio de Janeiro. A última foi em 2019, depois veio a Covid-19. Sempre fui uma privilegiada de estar na sala com grande atletas e vê-los ganhar. Esta é a sexta vez que sou indicada nesta categoria, portanto, finalmente segurar a estatueta do Laureus em minhas mãos é uma das maiores honras da minha carreira.
Mesmo acumulando títulos, a tricampeã olímpica - 2008, 2012 e 2020 -, demonstra uma motivação típica de uma novata. Ano passado, anotou 10,7s nos 100 metros. Este ano, ela garante que pode baixar a marca.
- Eu posso correr ainda mais rápido, tenho experiências que me dizem isto. Ainda não executei 100 metros da maneira sólida que eu posso. Ainda estou trabalhando nisso. Eu acredito que sou capaz de consolidar essa técnica e ser mais precisa na forma como executo esses 100 metros. Serei mais rápida, isso me motiva a continuar. Apesar de todas as minhas conquistas, eu começo os anos sempre com tudo novo. Eu absorvo o que me treinador me passa e confio nisso.
Aos 36 anos de idade, Shelly-Ann Fraser-Pryce mira a disputa do Campeonato Mundial de Atletismo, programado para 19 a 27 de agosto, em Budapeste, na Hungria. Sem deixar de olhar, também, para as Olimpíadas de Paris, em 2024.
- O próximo ano ainda está muito pouco longe. Espero passar bem por esse ano, fazer boas corridas, desfrutar de bons momentos. Esse ano vai "bombar" na preparação para 2024. Meu foco agora está no Mundial de Budapeste. Vou colocar toda a minha energia lá. Não irei correr tanto quanto ano passado, porque quero me preservar para as Olimpíadas. Eu preciso ser estratégica para ter a certeza de que estou pronta para encerrar a carreira em grande estilo.
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