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Por Redação do ge


Uma descoberta, feita em setembro deste ano, pode mudar a história do montanhismo mundial. Pesquisadores da National Geographic encontraram no Monte Everest, mais precisamente na região de Rongbuk Central, uma bota de couro com restos mortais e uma meia etiquetada com o nome “A.C Irvine”, que pode determinar se os primeiros escaladores a pisar no cume do Monte Everest foram mesmo Edmund Hillary e Tenzing Norgay.

Meia encontrada no Everest pode ter pertencido a Andrew Irvine — Foto: Reprodução/X - National Geographic

Isso porque 29 anos antes de Hillary e Norgay chegarem ao pico mais famoso do mundo, os britânicos George Mallory e Andrew “Sandy” Irvine fizeram uma tentativa de subir o Everest, mas nunca retornaram. Por conta disso, há exatos 100 anos, a comunidade montanhista se questiona se a dupla teria sido a primeira a conseguir alcançar tal feito.

Em 1999, uma expedição chegou a achar o corpo de Mallory, mas Irvine nunca foi encontrado. A busca pelo inglês de 22 anos é ainda mais importante, já que ele carregava uma câmera de bolso que poderia esclarecer até que ponto eles chegaram durante a jornada.

Pesquisadores encontram bota que pode ter pertencido ao primeiro escalador a chegar ao cume do Everest — Foto: Reprodução/X - National Geographic

- Muitas teorias foram apresentadas ao longo do tempo, mas esta é a primeira evidência real. Ter informações definitivas sobre onde o corpo de Sandy pode ter ido parar é muito útil e é também uma grande pista para a comunidade de escalada sobre o que aconteceu - disse Jimmy Chin, fotógrafo, diretor e um dos responsáveis pela expedição da National Geographic.

Andrew Irvine em expedição de montanhistas ao Monte Everest em 1924 — Foto: API/Gamma-Rapho via Getty Images

Após a descoberta, uma das primeiras ligações de Chin foi para Julie Summers, sobrinha-neta de Irvine que escreveu um livro sobre Irvine em 2001. Ao saber da notícia, a família do britânico se prontificou a compartilhar amostras de DNA para comparar com os restos mortais a fim de confirmar a identidade.

Depois que o DNA foi coletado, a bota foi encaminhada para a Associação de Montanhismo China-Tibet, autoridade responsável por supervisionar o lado norte do Monte Everest.

Agora, a ideia dos pesquisadores é não dar mais detalhes sobre a descoberta, para evitar que outras pessoas possam se interessar pelo caso e atrapalhar a busca por mais pistas. O próximo passo é procurar mais vestígios de Irvine, na tentativa de achar a tal câmera que pode provar até que ponto eles chegaram.

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