Em outubro de 2019, Eliud Kipchoge chocou o mundo ao se tornar o primeiro homem a correr uma maratona em menos de duas horas. Porém, o tênis usado pelo fundista queniano entrou no centro da discussão por ser considerado, por muitos, um "doping tecnológico". Baseada nisso, a World Athletics definiu que os calçados "Alphafly", ainda um protótipo da marca Nike, estão banidos das Olimpíadas de Tóquio de 2020.
Além disso, a entidade definiu novas regras para o uso de novos calçados nas competições de atletismo. Qualquer nova tecnologia de tênis desenvolvida depois de 30 de abril precisa estar disponível para compra por qualquer atleta no mercado de varejo aberto por um período de quatro meses antes de poder ser usado em competições. Isso vai permitir que qualquer tênis seja público - e não exclusivo de algum atleta - além de permitir que passe por testes antes das provas.
Outra determinação da World Athletics, de forma definitiva, é que qualquer tênis com uma palmilha de mais de 40mm está imediatamente banido das competições profissionais de atletismo. Ainda, qualquer calçado que contenha mais de uma placa ou lâmina rígida incorporada também não poderá ser usado - caso do "Alphafly".
- Não é nosso trabalho regular todo o mercado de calçados esportivos, mas é nosso dever preservar a integridade da competição de elite, garantindo que os sapatos usados pelos atletas de elite na competição não ofereçam assistência ou vantagem injusta (...) Como estamos entrando num ano olímpico, vamos traçar uma linha proibindo o uso de calçados que vão além do que está atualmente em uso - explicou Lord Coe, presidente da World Athletics.
O tênis da mesma marca batizado por "Vaporfly" segue liberado para uso nas Olimpíadas. Com eles, 31 dos últimos 36 corredores conseguiram alcançar os pódios das competições profissionais em 2019.
Veja como Eliud Kipchoge se tornou o primeiro atleta a correr a maratona em menos de 2 horas.
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