Ana Sátila promete "satilar" até Los Angeles 2028
Há dois Jogos Olímpicos "diferentes". O primeiro é transmitido pela televisão, levando ao telespectador tudo que acontece nas arenas do evento, e o outro se dá nas redes sociais. Momentos inusitados, entrevistas curiosas, personagens interessantes, fotos icônicas, nada escapa dos internautas, engajados na produção de memes.
Apesar de ter disputado as Olimpíadas de Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020, Ana Sátila não era um nome tão conhecido pelo público fora do nicho esportivo. Sem querer - diga-se -, furou a bolha ao participar de 15 provas na capital francesa. A sensação de vê-la nas corredeiras todos os dias a conduziu ao posto de queridinha dos brasileiros e virou meme por suas repetidas aparições nas provas.
Yusuf Dikec garante prata no tiro esportivo e viraliza
Quem também brilhou nas redes sociais foi o turco Yusuk Dikec. E nem tanto pela conquista da medalha de prata. Na realidade, aos 51 anos de idade, chamou a atenção pela simplicidade na prova de tiro olímpico. Sem nenhum acessório engenhoso - apenas auxiliado por seus óculos de grau -, o "tiozão", com a mão esquerda no bolso, garantiu a conquista para o seu país. A imagem da simplicidade viralizou na ocasião.
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Foram 15 provas disputadas em oito de dez dias. A sensação do telespectador era de que bastava ligar a televisão para ver Ana Sátila descendo as corredeiras e remando no Estádio Náutico Vaires-Sur-Marne. A brasileira disputou três Jogos Olímpicos, mas caiu nas graças do povo em Paris. A atleta, que conseguiu uma quarta colocação na canoagem slalom, conquistou o público com sua simpatia, e virou meme por sua frequência nas provas. Diziam que ela "aparecia até na torneira".
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Medina e o esquadrão brasileiro
No meme mais famoso do Brasil nas Olimpíadas, Ana Sátila aparece três vezes, uma alusão à sua assiduidade na programação dos Jogos. Entretanto, a origem da imagem remete à famosa foto de Gabriel Medina pairando sobre o mar do Taiti, conectado à sua prancha, logo atrás. A partir do clique do francês Jerome Brouillet, o Time Brasil empilhou destaques canarinhos no retrato. E o resultado ficou inesquecível.
Tiozão do tiro olímpico
Nos Jogos Olímpicos, os atletas costumam se apresentar no auge de suas performances. Os atletas costumam ser jovens, esbanjando vitalidade, vigor físico invejável e com o corpo em forma para se provar diante dos melhores do planeta. Há, porém, exceções à regra, como o veterano Yusuk Dikec, de 51 anos.
Natural da Turquia, Dikec ficou marcado como o "tiozão" do tiro olímpico. Deixou de lado protetor auditivo, a luneta e a viseira. Munido apenas de uma pistola e de um óculos de grau, colocou, literalmente, a mão esquerda no bolso na hora de disparar o gatilho e "acertou" a medalha de prata. Ele - que disputava os Jogos pela quinta vez na carreira -, subiu ao segundo lugar mais alto do pódio na modalidade pistola 10 metros ao lado de Sevval Tarhan.
Australiana do breaking
Modalidade estreante nas Olimpíadas de Paris, o breaking não contou com representantes do Brasil. Nem por isso o esporte deixou de ficar famoso no país. E a responsável atende pelo nome de Rachel Gunn, a Raygun.
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A b-girl australiana virou meme após apresentação inusitada que a alçou à fama instantaneamente. Raygun, que continuou sendo assunto nos meses seguintes, decidiu se aposentar das competições de elite em novembro.
Rebeca Andrade no Louvre?
A foto de Gabriel Medina, citada no início desta matéria, de fato, foi icônica. Mas a reverência de Simone Biles à Rebeca Andrade após ver a brasileira subir ao ponto mais alto do pódio para receber a medalha de ouro, ficou eternizada na história das Olimpíadas. A foto virou meme e até o perfil oficial do Museu do Louvre, o mais visitado da capital francesa, entrou na brincadeira ao postar que o retrato deveria ser exposto no local.
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"Liberta, DJ"
O ápice da reta final do Brasil nos Jogos Olímpicos foi a conquista da medalha de ouro de Duda e Ana Patrícia na antevéspera do encerramento de Paris 2024. O clima amistoso com as canadenses Melissa e Brandie prevaleceu durante a maior parte do confronto - mas não em todo o duelo. No set final, a dupla canarinho discutiu asperamente com as adversárias na rede, e o DJ da arena, atento à atmosfera de hostilidade, colocou a música "Imagine", de autoria de John Lennon, para pregar a paz. E surtiu afeito: as jogadoras sorriram e apaziguaram a situação.
Ponto do Brasil, confusão entre os times e o DJ acalma os ânimos
Duda e Ana Patrícia conquistaram a terceira medalha de ouro do Brasil nas Olimpíadas de Paris com uma vitória por 2 a 1 na decisão. As demais haviam sido conquistadas pela ginasta Rebeca Andrade e pela judoca Bia Souza.
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