Paris 2024 tem final de 100m mais rápida e parelha da história das Olimpíadas

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Homem mais rápido do mundo na atualidade, Noah percorreu os 100 metros da pista do Stade de France em 9s784, somente cinco milésimos a menos do que o jamaicano Kishane Thompson, que completou a prova em 9s789 e terminou com a prata.

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Além de todos os finalistas terem corrido abaixo de 10 segundos nas classificatórias, algo inédito na história das Olimpíadas, todos novamente fizeram tempos menores do que 10 segundos na decisão e ainda houve enorme equilíbrio entre os competidores. Último colocado da prova, o jamaicano Oblique Seville fez 9s91, somente 0s12 atrás de Noah.

Essa diferença mínima entre o 1º e o último não tinha sido registrada antes na história das Olimpíadas. Em Helsinque 1952, os dados oficiais mostram uma diferença de 0s100 entre o vencedor (10s400) e o 6º colocado (10s500), com menos participantes do que os oito atuais, mas as estatísticas daquela época são arredondadas nos décimos, de modo que a distância entre os dois velocistas pode até ter sido maior do que os 0s12 de Paris. Naquela edição, todos os finalistas correram com tempos acima de 10 segundos.

Quanto mais antiga é a edição dos Jogos Olímpicos, há menos registros sobre os tempos da prova mais tradicional do atletismo. E os registros que existem são mais imprecisos, com divergências em relação às medições atuais ou não contabilizam todos os finalistas.

De todo modo, como a prova de 100m se tornou cada vez mais rápida ao longo das gerações, Noah conquistou um grande feito. Ele teve o terceiro melhor tempo de um vencedor na história dos 100m, abaixo apenas dos 9s630 (Londres 2012) e 9s690 (Pequim 2008) do jamaicano Usain Bolt, dono de oito medalhas olímpicas.

É preciso retornar a Moscou 1980 para ver os dois primeiros colocados dos 100m com os mesmos números, como aconteceu em Paris, mas, naquela época, não existia diferença de milésimos, como há hoje. Foi necessário decidir o campeão pelo registro fotográfico naquela ocasião.

Desta vez, o registro fotográfico estampou o equilíbrio, com quase todos os finalistas chegando ao mesmo tempo. Na disputa pelo ouro, Kishane até cruzou a linha de chegada antes com a perna, mas no atletismo é o peito que conta. Com o peito à frente, Noah se saiu vitorioso.

* Medição do tempo na época era só até os décimos