Entenda por que Ana Sátila competiu tantas vezes nas Olimpíadas de Paris

A canoagem olímpica tem três provas e Ana Sátila conseguiu se classificar para as Olimpíadas em todas elas. No Campeonato Mundial do ano passado, ficou em quinto lugar no C1 e K1, conseguindo um lugar nas Olimpíadas nas duas provas. Ela pôde competir o caiaque cross nas Olimpíadas pelo fato de ter conseguido a classificação no K1.

Em Paris, cada uma dessas provas contou com eliminatórias, semifinais e finais. Por isso a impressão que ela compete muito é totalmente verdadeira. Já foram 12 quedas na águas, quatro me cada uma das categorias.

Se quiser ganhar a primeira medalha da história da canoagem slalom, Ana Satila precisa cair mais três vezes na água. Nesta segunda-feira, tem as quartas de final do caiaque cross. Se ela passar de fase, compete a semi e, se tudo der certo, faz a final logo na sequência.

Na canoa, o atleta se posiciona de joelhos com uma trava de velcro que tem a função de firmar as pernas e o remo conta com apenas uma pá. Já no caiaque, são duas pás e o atleta fica sentado com um auxílio nos pés.

Na canoagem slalom, os obstáculos são os mesmos, tanto para o caiaque quanto para a canoa. O competidor precisa passar obrigatoriamente pelas portas, formadas por dois canos suspensos. Nas verdes, o atleta atravessa a porta a favor da corrente. Nas vermelhas, ele terá de voltar contra a corrente para depois retornar ao percurso.

As provas podem conter até 25 portas, o que varia de acordo com o peso da pista e o grau de dificuldade, como o número de remontas. Vence quem fizer tudo isso em menor tempo e sem tocar nos obstáculos, já que esses toques representam acréscimo de tempo na cronometragem final.

Por fim, o caiaque cross é diferente. Se no C1 e K1 as atletas competem sozinhas fazendo o melhor tempo possível, no cross os barcos largam juntos. É realmente uma corrida, com ultrapassagens e possíveis batidas