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Por Redação do ge — Vaires-Sur-Marne, França


O quarto lugar de Ana Sátila no caiaque simples (k1) foi o melhor resultado do Brasil na história da canoagem slalom em Olimpíadas e a melhor posição da canoísta brasileira em quatro edições dos Jogos. Foi a primeira vez que Ana Sátila chegou à final no caiaque, modalidade na qual ficou em 16º em Londres 2012, 17º na Rio 2016 e 13º em Tóquio 2020. Na canoa simples, chegou à final em Tóquio, terminando em décimo. Na tarde deste domingo (28), terminou o percurso nas corredeiras de Vaires-Sur-Marne em 100s69.

Ana Sátila faz boa prova e termina descida em 100,69 segundos e acaba em quarto lugar na Canoagem Slalom Caique

Ana Sátila faz boa prova e termina descida em 100,69 segundos e acaba em quarto lugar na Canoagem Slalom Caique

O resultado foi conquistado por braçadas vigorosas e precisas, que a deixaram fora do pódio por menos de dois segundos. Nos próximos dias, Ana Sátila ainda vai representar o Brasil nas disputas de canoa (C1) e caiaque cross, esta última estreante em Jogos Olímpicos.

A canoagem slalom é uma das provas mais desafiadoras dos Jogos Olímpicos. Na França, Ana Sátila foi a oitava a entrar na água, na final, para vencer as corredeiras e suas 23 portas. A canoísta começou muito rápido e usou toda a sua experiência para corrigir os erros cometidos nas classificatórias e na semifinal, passando sem receber nenhuma penalidade.

Ao final da sua prova, ocupava a segunda posição, atrás apenas da australiana Jessica Fox, considerada a maior da história do esporte e que se tornou campeã olímpica em Paris. Com o impressionante tempo de 96s08, Fox somou o ouro no caiaque ao que já havia conquistado na canoa em Tóquio 2020, quando também foi bronze no caiaque. A australiana tem ainda um bronze em Londres 2012 e uma prata na Rio 2016, ambos no caiaque.

Ana Sátila na final do caiaque na canoagem slalom pelas Olimpíadas de Paris — Foto: REUTERS

Quando Ana Sátila saiu da água, faltavam quatro canoístas para vencer as corredeiras. Duas delas ultrapassaram a brasileira: a polonesa Klaudia Zwolinska completou o percurso em 97s53 e a britânica Kimberly Woods, em 98s94, levando prata e bronze, respectivamente. Ana bateu na trave e ficou a 1s75 do pódio.

Na terça-feira, dia 30, Ana vai disputar as classificatórias da canoa (C1), com as semifinais e a final previstas para o dia 31. As eliminatórias do caiaque cross, prova que estreia em Olimpíadas em Paris, acontecem de sexta, dia 2 agosto, a domingo, dia 4, com quartas de final, semifinais e final no dia 5.

No masculino, Pepê Gonçalves disputa as semifinais do C1 masculino nesta segunda-feira (29), e se passar faz a final no mesmo dia.

CLASSIFICAÇÃO FINAL do K1 🚣🏻‍♂️

  1. Jessica Fox (AUS) - 96.08🥇
  2. Klaudia Zwolinska (POL) - 97.53🥈
  3. Kimberly Woods (GBR) - 98.94🥉
  4. Ana Sátila (BRA) - 100.69

Entenda a modalidade

Ana Sátila, em Paris — Foto: Divulgação: Luiza Moraes/COB

A modalidade conta com dois tipos de disputas: a da canoa (C1) e do caiaque (K1 e K1 Extremo Cross). Na canoagem slalom, os obstáculos são os mesmos, tanto para o caiaque quanto para a canoa. O competidor precisa passar obrigatoriamente pelas portas, formadas por dois canos suspensos. Nas verdes, o atleta atravessa a porta a favor da corrente. Nas vermelhas, ele terá de voltar contra a corrente para depois retornar ao percurso.

As provas podem conter até 25 portas, o que varia de acordo com o peso da pista e o grau de dificuldade; em Paris, são 23. Vence quem fizer tudo isso em menor tempo e sem tocar nos obstáculos, já que esses toques representam acréscimo de tempo na cronometragem final.

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