Calderano fecha ano no top 10 pela sétima vez e segue em busca do pódio inédito

Na semana que passou, Hugo fechou sua temporada no Circuito Mundial, com a eliminação no Finals de Fukuoka, competição que contou com os 16 primeiros do ranking.

A primeira entrada no top 10 foi em julho de 2018. Em agosto, saiu dos 10 primeiros, mas logo voltou em outubro de 2018 para não sair mais. Daquela lista que estava no top 10 em 2018, ficam ainda apenas dois chineses: Ma Long, considerado o maior jogador da história, e Gaoyuan Lin. Os dois, porém, chegaram a sair do top 10 no período, enquanto Hugo esteve sempre lá.

Apesar de todos os resultados, Calderano segue sem ir ao pódio nas duas principais competições da modalidade: o Campeonato Mundial e as Olimpíadas. Em 2025 tem Campeonato Mundial, que, para muito, é mais difícil que as Olimpíadas, já que conta com cinco chineses na chave principal. Os Jogos de Los Angeles, daqui a três anos e meio, terá apenas dois atletas da maior potência da modalidade.

Em Paris, Hugo fez, talvez, a melhor competição de sua vida. Com vitórias consistentes e, de uma certa forma, tranquilas, atingiu a semifinal pela primeira vez na carreira. Havia caído nas oitavas de final na Rio 2016 e nas quartas em Tóquio 2021.

O script estava desenhado durante todo o ciclo. Hugo chegaria na semifinal olímpica, teria um chinês pela frente e, pela estatística, seria derrotado. Aí, jogaria pelo bronze contra um não chinês em uma partida que seria a mais importante da sua vida.

Calderano seguiu o script à risca. Chegou na semifinal. Mas foi diferente do esperado: o adversário não era um chinês, e sim o sueco Truls Möregårdh, que havia surpreendido o chinês Chuqin nas quartas de final. Uma semifinal muito mais acessível do que o esperado.

Mas a partida não seguiu o que Calderano imaginou. O brasileiro perdeu uma vantagem de 10 a 4 no primeiro set e não conseguiu fechar a parcial. Depois, se recuperou, igualou o jogo, mas saiu decepcionado: derrota por 4 a 2.

Assim como o esperado desde o início, Hugo chegou na disputa do bronze contra o francês Felix LeBrun. Adversário que, meses antes, o brasileiro tinha feito um imponente 4 a 0. Mas a cabeça ainda estava na derrota para o sueco na semi, Calderano não se encontrou na partida, e saiu derrotado por 4 a 0. Sem medalha.

O Circuito de tênis de mesa está cada vez mais consolidado, com etapas espalhadas pelo mundo e com diferentes pontuações. Guardadas as devidas proporções, é algo parecido com o tênis, tem os Grand Slam, chamados de Smash, tem torneios um pouco menores, mas ainda relevantes.

A Olimpíada é, sim, o maior sonho. A espera até Los Angeles será longa, mas tem muita coisa importante até lá. Há vida sem Olimpíadas, e Hugo viverá muito esse Circuito Mundial importantíssimo até 2028.