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Por Marcel Merguizo — São Paulo


Para uma cidade que espera receber os Jogos Pan-Americanos de 2031, São Paulo tem bons testes nas próximas semanas com competições de skate (as finais do STU neste fim de semana e o Finals da SLS em dezembro). Agora, o que aparentemente já entrou no gostou do paulistano é a disputa da Billie Jean King Cup no Ginásio do Ibirapuera.

Depois do sucesso de público no primeiro semestre deste ano (apesar da derrota para a Alemanha), o tradicional palco do esporte paulista (que, agora tombado, não sofre mais com o risco de ser demolido para virar shopping) recebeu no fim de semana passado o time do Brasil que bateu a Argentina e, em 2025, volta à elite do tênis feminino mundial.

Entre milhares de fãs, estava, inclusive, o técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, José Roberto Guimarães. Depois de se desligar do time da Turquia, onde estava até o mês passado, o treinador disse que vai aproveitar o fim de ano para ficar em casa com a família. Além de jogar e assistir tênis, claro.

Bia Haddad faz aquecimento com bola e movimentos de futebol americano antes de partida no Ginásio do Ibirapuera — Foto: Marcel Merguizo

Curtinha 1

Beatriz Haddad Maia foi o grande destaque brasileiro na competição, com duas vitórias em simples e o triunfo decisivo em dupla ao lado de Carol Meligeni. Na entrevista coletiva após a disputa, no sábado à noite, Bia anunciou que estava entrando em férias e iria comemorar a vitória do Brasil tomando uma cerveja, dizendo inclusive o nome do patrocinador.

Quem pensou ser apenas uma ação da marca, está enganado. Bia gosta mesmo de celebrar com uma cerveja. Depois de títulos importantes, inclusive, um hambúrguer e uma cerveja caem muito bem no gosto da melhor tenista brasileira da atualidade. Hoje na 17ª colocação do ranking mundial, Bia se aquece antes dos jogos com vários exercícios para ativar os músculos, articulações e reflexos, entre eles, lançar uma bola de futebol americano.

Bia Haddad vence partida na Billie Jean King Cup — Foto: Luiz Candido/CBT

Curtinha 2

Bia fez dupla com Carol Meligeni no jogo decisivo porque Luisa Stefani, que já foi nona e hoje é a 28ª do ranking mundial de duplas, já está de férias cuidando de dores que a incomodaram no fim da temporada. Ingrid Martins, que seria a segunda opção, estava lesionada. Luisa, porém, esteve no Ibirapuera apoiando as companheiras, na beira da quadra, na decisão contra a Argentina.

Nos bastidores após o evento, o comentário é que a brasileira já tem uma nova parceira para a próxima temporada: Peyton Stearns. Assim como a brasileira, a americana foi destaque no tênis universitário dos Estados Unidos. Aos 23 anos, Stearns é 47ª do mundo em simples e 119 em duplas.

Luisa Stefani e Bruna Assemany em clínica da Liga Tênis 10 — Foto: Divulgação

Curtinha 3

Aos 27 anos, Luisa Stefani já pensa na formação das próximas gerações de duplistas do Brasil. Medalhista olímpica de bronze em Tóquio ao lado de Laura Pigossi, Luisa investe seu tempo em São Paulo neste fim de ano para se preparar para a próxima temporada e também para organizar um torneio de tênis exclusivamente para duplistas.

Nesta quarta-feira, dia 20, Luisa já marcou presença na Liga Tênis 10, movimento que impulsiona o tênis no país, como convidada especial do evento voltado às crianças. Já entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro, em Cotia, a medalhista olímpica dá nome ao 1º Torneio de Duplas Luisa Stefani e Carlos Omaki. O evento busca fortalecer o tênis em duplas no Brasil, promovendo um encontro entre convidados, atletas, apoiadores e um torneio para crianças de projetos sociais. Alessandra Stefani, mãe da tenista, ainda conduzirá uma roda de conversa com pais e interessados.

Blog Olímpico Marcel Merguizo — Foto: Reprodução

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