Mergulhador profissional de 58 anos vira Papai Noel no maior aquário de água doce do mundo
O mergulhador Carlos Henrique Marques, de 58 anos, tem sido uma das principais atrações do maior aquário de água doce do mundo nos últimos dias, em Campo Grande. É que neste fim de ano, o profissional adicionou à roupa de mergulho uma fantasia de Papai Noel, conquistando os visitantes do Bioparque Pantanal.
“Você interage com o público, principalmente com as crianças, e até com o público adulto. Então, é bem bacana! É uma experiência totalmente diferente e nova”, conta Carlos ao ge.
A paixão pela água vem da infância. Paulista, Carlos nasceu em Santos e desde os seis anos está acostumado a mergulhar.
– Eu sou do litoral, tenho descendências caiçaras, então a gente vive à beira-mar e mergulhando desde cedo. Eu e minha família sempre trabalhamos nessa área. [Antes] era lazer, mas aí você se acostuma, vai indo e acaba virando profissão, por incrível que pareça.
Para ele, o mergulho virou profissão na década de 1980. De lá para cá, foi se especializando cada vez mais e desde 2004 trabalha em aquários de grande porte.
Há cerca de três anos, veio para Mato Grosso do Sul trabalhar na instalação do maior aquário de água doce do mundo.
– Cheguei antes da inauguração. A equipe deu toda a assessoria técnica para o preparo dos tanques, para serem cheios. Nós começamos na parte de preparação da cenografia, a colocação dos peixes, a ligação de todo equipamento e a gente foi convidado para fazer parte da equipe Bioparque Pantanal.
Desde então, trabalha na vistoria e manutenção dos tanques. Além dos equipamentos necessários para o mergulho, como o cilindro de oxigênio, por exemplo, o mergulhador também carrega sob a água ferramentas para os serviços. Ou seja, haja preparo físico.
"Você pega um certo condicionamento físico, porque a gente trabalha com muito equipamento e traslado, né? São muitos quilos. A gente pegou uma certa carga física e resistência", explica Carlos.
Há dois anos, surgiu a ideia de se vestir de Papai Noel e mergulhar para o público. Já grisalho e “barbudão”, não tinha mergulhador mais indicado que Carlos.
“Foi mais um ensaio, porque a gente não tinha nem ideia de como seria. E aí foi um sucesso! Dali pra diante, a gente está aperfeiçoando a cada ano. Coloca um pouquinho mais técnica, um pouquinho mais de equipamento e vamos tocando”, conta com orgulho.
Neste período de festas, o profissional fica exclusivamente nesta função. Se o Papai Noel clássico precisa do saco de presentes para fazer a alegria, Carlos necessita apenas de seu cilindro de oxigênio.
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