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Por Redação ge — Rio de Janeiro


A RBR parecia encaminhar-se para o quinto ano da parceria de Max Verstappen e Sergio Pérez, mas a saída do mexicano da equipe após uma temporada de resultados inconsistentes na F1 abriu caminho para a contratação de Liam Lawson. Chefe do time, Christian Horner deu detalhes dos motivos para a escolha do neozelandês, sobretudo em detrimento de outro candidato, Yuki Tsunoda, da RB.

Liam Lawson e Max Verstappen no GP da Espanha da F1 2023 — Foto: Adam Pretty/Getty Images

- A disputa foi muito, muito acirrada entre os dois. Quero dizer, Yuki é um piloto muito rápido, já tem três ou quatro temporadas de experiência. Ele fez um ótimo trabalho no teste em Abu Dhabi, os engenheiros ficaram impressionados com seu desempenho. Mas o ritmo (de Liam) foi um pouco melhor nas corridas que ele fez. Seu ritmo de classificação foi muito próximo ao de Yuki, e é preciso presumir o potencial de Liam, que só disputou 11 grandes prêmios; ele só vai melhorar e ficar mais forte. Ele demonstrou verdadeira resiliência e resistência mental - revelou Horner.

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Tanto Tsunoda quanto Lawson foram formados pela Academia de Pilotos da RBR. O primeiro, porém, estreou em 2021 e segue na RB (antiga AlphaTauri) desde então; o segundo, por sua vez, disputou 11 corridas pelo mesmo time substituindo Daniel Ricciardo - após a lesão do australiano, em 2023, e demissão, em 2024.

A dupla participou do teste de pós-temporada da F1 2024 em Abu Dhabi, dois dias depois do último grande prêmio do ano em 8 de dezembro. Lawson foi o 13º mais rápido, com o carro da RB, enquanto Tsunoda foi o 17º guiando pela RBR.

O neozelandês de 22 anos conquistou seis pontos nas suas 11 corridas, chegando em nono lugar nos GPs de Singapura de 2023, dos Estados Unidos e São Paulo em 2024.

Liam Lawson no GP da Holanda da F1 em 2024 — Foto: Kym Illman/Getty Images

Horner deu mais detalhes dos pontos que destacou em comparação com Tsunoda, que seguirá em seu quinto ano na RB - mas ao lado do calouro Isack Hadjar, vice-campeão da Fórmula 2:

- Algumas coisas se destacaram para mim em relação ao Liam: o quanto ele é versátil. Se você o coloca em uma situação, ele se sai bem. Se você se lembrar de sua estreia em Zandvoort, ele estava correndo contra Max em sua última volta. Ele tem essa mentalidade de piloto corajoso. Ele passou um ano na DTM, na qual se adaptou incrivelmente rápido e, em geral, tinha vantagem. Ele não tem medo de andar roda a roda e até mesmo de algum toque quando necessário. Os engenheiros gostaram de trabalhar com ele durante as corridas. Ele também tem uma boa ética de trabalho.

A corrida nos EUA, por sinal, foi a primeira de Lawson em 2024; a prova sucedeu a demissão de Daniel Ricciardo pelos resultados insatisfatórios. E foi lá que Lawson protagonizou uma disputa intensa com um nada amigável Fernando Alonso, que teria dito que o neozelandês iria "se ferrar" após a briga pelo 16º lugar.

Liam Lawson disputa posição com Sergio Pérez no GP da Cidade do México da F1 2024 — Foto: Jared C. Tilton/Getty Images

Na etapa seguinte, Liam duelou com Pérez pelo décimo posto em um conflito que terminou com o futuro titular da RBR mostrando o dedo para o rival. No próximo ano, Lawson terá como colega um piloto conhecido por não deixar barato e apostar no arrojo em suas disputas: Max Verstappen. O chefe da equipe austríaca, porém, alertou para o risco de pressionar seu novo piloto com comparações:

- O mais importante é não colocar muita pressão sobre ele, não se pressionar demais por estar enfrentando o melhor piloto de sua geração. Acho que ele precisa quase que ignorar os detalhes do que está acontecendo no carro 1 e se concentrar apenas em sua própria equipe de engenharia, no que está fazendo, dar o melhor de si, e ele ficará bem. Esperamos poder apoiá-lo nisso e fornecer um carro que seja tão bom para ele quanto para Max.

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