O presidente da Federação Maranhense de Futebol (FMF) se pronunciou pela primeira vez depois da decisão do STJD em relação ao caso do atleta Yuri Ferraz, processo que poderia livrar o Sampaio Corrêa do rebaixamento para à Série D de 2025, caso o Caxias fosse punido por conta da escalação irregular do lateral-direito, segundo o time maranhense ele teria jogado de forma irregular na competição nacional deste ano pelo clube gaúcho.
"Olha, eu acho que o tribunal errou, a decisão foi política, a decisão não foi técnica. Veja bem, o relator admite que há uma infração, e nessa infração alguém se beneficiou, que foi o Caxias pelo ato irregular. Quem cometeu tem que ser punido, e ele (relator) determina que a CBF abra um procedimento, que seja aberto um procedimento contra o árbitro e contra o atleta. Se tivesse na presidência do Sampaio Corrêa, eu entraria na justiça comum, pedindo uma providência para que, pelo menos a CBF inclua o Sampaio na série C, seria 21 clubes, em vez de 20. A CBF tem que se virar, mas ela não pode deixar o Caxias se beneficiar por um ato ilegal reconhecido, inclusive, pelo relator”, disse Américo.
Relembre o caso
A denúncia foi apresentada em agosto pelo Sampaio Corrêa que apontava Yuri Ferraz teria disputado quatro partidas pelo ABC antes de transferir para o Caxias, algo que não é permitido pelo regulamento da competição.
O caso interessava ao Sampaio porque se fosse punido, o Caxias perderia 27 pontos, três em cada uma das nove partidas em que Yuri esteve em campo na Série C, sendo rebaixado à Série D do próximo ano com o Tricolor maranhense escapando da queda.
O time gaúcho alegou que nos registros oficiais da Confederação Brasileira de Futebol, o nome do jogador aparecia na relação de apenas três jogos pela equipe potiguar, e que houve um erro da arbitragem ao não registrar a entrada do atleta na partida com o Athletic-MG.
Decisão final
Após análise das provas, o STJD decidiu arquivar o caso, afirmando que o Caxias não infringiu as regras. Com isso, o Sampaio está confirmado na Série D de 2025 após 12 anos.
O que pode ser feito pelo Sampaio ?
Depois dessa decisão por não punir o Caxias, o auditor do processo envia seu posicionamento para a procuradoria, que deve aceitar a decisão. Neste caso, o Sampaio pode pedir a troca desse auditor, solicitando uma nova análise do caso, que nesta situação seria feita por outro auditor. Que para alguns especialistas é um pouco improvável, mas não é impossível.
A outra possibilidade é do Sampaio tentar reverter o caso solicitando recurso, situação que gera algumas dúvidas. Alguns advogados acreditam que isso é possível, outros alegam que não. Uma terceira situação seria entrar com processo na Justiça comum.
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