O empate sem gols com o Mauá custou caro para o União Mogi, que deu adeus à disputa do Campeonato Paulista da Segunda Divisão (equivalente à quinta), a popular Bezinha.
Resultado amargo na última rodada da primeira fase, já que o Alvirrubro dependia de uma simples vitória para seguir adiante no estadual.
– O que faltou para a gente nesse último jogo, para classificar, foi bem claro: faltou somente um gol que a gente não fez. O time se comportou muito bem, entrou em campo, na minha forma de ver, jogou bem, só que infelizmente na parte de finalização falhamos muito, não conseguimos fazer o gol que era o gol da classificação – disse Robison.
O União fechou a participação na última divisão paulista no quinto lugar do Grupo 3, com nove pontos conquistados e campanha de duas vitórias, três empates e cinco derrotas.
Na avaliação do comandante, a eliminação se deu pelo desempenho abaixo em algumas partidas, a principal delas, segundo Robison, no dérbi do segundo turno contra o Atlético Mogi, vencido pelo rival por 2 a 1 e no qual o Alvirrubro teve três jogadores expulsos.
– Mas a gente não perdeu a classificação no último jogo, perdeu principalmente no jogo contra o Atlético, onde na minha preleção foi falado bastante que se a gente entrasse com 11 e terminasse o jogo com 11, a gente não tinha como perder, não perderia para o Atlético. Essa foi a preleção que eu dei, mas infelizmente não foi isso que aconteceu, alguns jogadores nossos perderam a cabeça por ser um clássico e perdemos três jogadores no jogo. Perdemos esse jogo por 2 a 1, mesmo assim tivemos a possibilidade de empatar. Faltando 20 segundos, perdemos um gol debaixo da trave, o que complicou nossa classificação – analisou.
O treinador também apontou como dificuldade ao longo do torneio montagem do elenco, que foi feita do zero. Apesar disso, Robison acredita que o trabalho rendeu uma base para a próxima temporada pensando a longo prazo.
– A parte positiva é que pegamos um time do zero, começamos a formar, fazer avaliações, pegar jogadores conhecidos e formar um time, o que é muito complicado. Eu sabia que a gente ia formar um time praticamente dentro do campeonato, com jogadores chegando durante a competição. Sabia que ia ser muito difícil, mas, na verdade, não esperava que a gente ia ficar fora dessa classificação – falou.
– Já plantamos a semente e temos uma base que pode ser utilizada. O União pode utilizar essa base e, com alguns reforços, ficará um time forte para o próximo campeonato. Acho que não podemos desfazer todo o trabalho e dos jogadores, para depois começar tudo do zero novamente, aí é complicado. Essa base está aí, contratando mais alguns jogadores, mantendo essa base e o trabalho, acredito que no próximo campeonato será mais fácil, porque os jogadores já se conhecem, já sabem o que tem que fazer – destacou o treinador.
A diretoria do União ainda não se pronunciou sobre a permanência ou saída de Robison do clube. Certo mesmo é que o time profissional do time de Mogi das Cruzes só voltará a campo no primeiro semestre de 2025, quando deve começar uma nova edição do Paulista da Segunda Divisão.