Promessa de campanha em caso de reeleição do presidente Yuri Romão, o retrofit da Ilha do Retiro não tem um custo fixado pelo Sport, mas uma estimativa: R$ 620 milhões. É o que antecipa, ao ge, o atual mandatário rubro-negro e candidato nas eleições executivas para o próximo biênio.
A aproximação de valores apresentada pelo dirigente abriga as transformações previstas no estádio - aumento de capacidade e construção de um anel que cobre parte da arquibancada - e no que seria o novo complexo esportivo do clube, munido com um ginásio poliesportivo.
A reforma para o estádio custaria R$ 170 milhões, enquanto R$ 450 milhões seriam destinados para o complexo esportivo. Ou seja, o projeto completo gira em torno de R$ 620 milhões.
"Para que fosse elaborado esse projeto, o escritório de arquitetura foi contratado, fizemos estudo ambiental, impacto de vizinhança, de mobilidade, e por fim, a modelagem financeira… Estimativa, tem. Não tem preço final. A Ilha ficaria em torno de R$ 170 milhões mais ou menos, e R$ 450 milhões o complexo esportivo", explica.
Desde 2023, o Sport "incursiona pela Faria Lima", como diz o presidente, a fim de ouvir interessados no projeto. Houve interesse em 100% do mercado, garantiu Romão, mas no meio do caminho os planos mudaram em função do interesse dos investidores em captar "mais dinheiro".
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A Ilha do Retiro, ainda assim, passou por intervenções ao longo do ano. De janeiro a setembro, o estádio trocou iluminação, gramado, drenagem, além de ter recebido melhorias internas em vestiários e arquibancada. O custo das reformas, antes previsto para R$ 8 milhões, subiu para R$ 10 milhões.
"Quando a gente ouviu vários fundos imobiliários, o projeto só de reforma do estádio da Ilha, o retrofit, nós fizemos essa incursão na Faria Lima por duas vezes. No retorno, reunimos o nosso grupo até pensando numa SAF, algo maior", contextualiza.
- Havia a necessidade de a gente passar do projeto de retrofit para um projeto de complexo da Ilha. Ao longo de um ano, de setembro de 2023 a setembro de 2024, nos debruçamos na elaboração de um projeto arquitetônico com uma modelagem financeira que será levada ao mercado financeiro - reforça.
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Portanto, um investidor será captado para ser parceiro do Sport no empreendimento, o que não significa, por outro lado, que o clube não encontrará recursos para financiar o retrofit.
O masterplan, acessado com exclusividade pelo ge, mostra que as obras serão bancadas com a renda do aluguel de novos espaços construídos do complexo, como lojas e salas comerciais, grande parte deles alocados na torre comercial com 35 pavimentos prevista para ser erguida.
Planos que, evidentemente, só serão avançados a partir do resultado das eleições executivas do Sport, marcadas para dia 16 de dezembro. Caso reeleito, Yuri Romão declarou publicamente que o andamento do retrofit será um pilar de sua gestão, além da constituição da SAF.
A chapa Leões pela Mudança, encabeçada pelo candidato oposicionista Rafael Arruda, propõe revisar a ideia, realizando um estudo técnico para determinar qual melhor plano para o Sport: se a reforma ou a construção de uma nova arena multiuso na área.
De todo modo, o projeto está em curso junto à Prefeitura do Recife. Já foi protocolado e, no último dia 13 de novembro, houve audiência pública apresentando os detalhes da reforma à comunidade.
Ao fim de todos os trâmites burocráticos (que não têm um prazo para serem finalizados), caberá ao Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU), órgão colegiado composto pelos diversos segmentos da sociedade, decidir sobre a viabilidade e condicionantes do empreendimento.