Para a cultura brasileira, o futebol é mais do que uma paixão que corre nas veias; ele flui como um forte sentimento de amor, estabelecendo uma conexão única entre clube e torcedor que se assemelha a um matrimônio. Como em qualquer relacionamento, apelidos entre os cônjuges são criados. E em equipes, uma rica lista de alcunhas confere a identidade de cada time.
Com isso em mente, o ge preparou um cardápio com alguns dos mais curiosos e diferentes apelidos que adornam os times brasileiros.
Centro-Oeste
Distrito Federal
Nessa unidade federativa do Centro-Oeste brasileiro, encontramos alcunhas que refletem a característica de vanguarda de sua principal cidade, que é Brasília.
Alguns clubes, por exemplo, chamam bastante atenção pelas suas alcunhas, como o Legião FC, que é o Time do Roqueiros, em homenagem a banda Legião Urbana, ou o Samambaia, que é de um bairro humilde da capital federal e é chamado de Primo Pobre.
- Legião Futebol Clube (Brasília) — Time do Roqueiros
- Samambaia (Brasília) — Primo Pobre
- Canaã EC (Brasília) — Vento Forte do Cerrado
- Formosa Esporte (Brasília) — Forasteiro Atrevido
Terra da agropecuária e sua rica diversidade ecológica, Goiás também reserva uma mistura curiosa de alcunhas, desde o Dragão, do tradicional Atlético-GO, até a Xata, da Anapolina. Outros clubes também detém apelidos peculiares, como o Santa Helena, que é o Fantasma do Sudoeste, e o Trindade, que carrega consigo o apelido de Tacão.
- Atlético-GO (Goiânia) — Dragão
- Anapolina (Anapolina) — Xata
- Goiás (Goiânia) — Esmeraldino
- Santa Helena EC (Santa Helena de Goiás) — Fantasma do Sudoeste
- Trindade AC (Trindade) — Tacão
Mato Grosso
A rica fauna mato-grossense também inspira as alcunhas dos clubes do Mato Grosso. Tradicional time de futebol do estado, o Operário-VG detém um apelido um tanto quanto peculiar: o Chicote da Fronteira. Assim como o Poconé, que ostenta o apelido de Puro Sangue Pantaneiro.
- Cuiabá (Cuiabá) — Dourado
- Operário-VG (Várzea Grande) — Chicote da Fronteira
- Poconé (Poconé) — Puro Sangue Pantaneiro
Mato Grosso do Sul
Com enorme biodiversidade e a maior planície alagável de todo o mundo, o Mato Grosso do Sul também reserva algumas alcunhas peculiares, como o do Coxim, que é o Jaús Furiosos, e o do Sete de Dourados, que embora já esteja em seu nome, é o Sete.
- Coxim (Coxim) — Jaús Furiosos
- Sete de Dourados (Dourados) — Sete
Sudeste
Espírito Santo
Um pouco diferente dos clubes do Centro-Oeste, os times capixabas estão mais ao lado das alcunhas amigáveis. O Real Noroeste, que enfileirou títulos estaduais nos últimos anos, é o Merengue Capixaba.
Já a Desportiva Ferroviária, de Cariacica, é conhecida como o Time que sabe fazer amigos, enquanto o Rio Branco de Venda Nova é o Brancão Polenteiro.
- Desportiva Ferroviária (Cariacica) — Time que sabe fazer amigos
- Real Noroeste (Águia Branca) — Merengue Capixaba
- Rio Branco (Vitória) — Capa-Preta
- Rio Branco de Venda Nova (Venda Nova do Imigrante) — Brancão Polenteiro
- Tupy (Vila Velha) — Índio Canela Verde
Minas Gerais
Terra dos grandes Atlético-MG e Cruzeiro, Minas Gerais tem uma variedade folclórica e até mesmo enigmática de alcunhas. Com teor de determinação, a Caldense carrega consigo o alegre Arriba Caldense. A Ituiutabana é a Véia, o Nacional é conhecido no estado como o Time do Sapato, e o Tupynambás é o Caça Fantasma.
- Caldense (Poços de Caldas) — Arriba Caldense
- Ituiutabana (Ituiutaba) — Véia
- Nacional (Uberaba) — Time do Sapato
- Tupynambás (Juiz de Fora) — Caça Fantasma
Rio de Janeiro
Território de quatro dos principais clubes do futebol brasileiro, as agremiações do Rio de Janeiro reservam alguns apelidos mais simples. Maior campeão do estado, o Flamengo é carinhosamente chamado de Mengão, enquanto que seu rival Fluminense é apelidado de Pó de Arroz.
Já o Vasco carrega orgulhosamente o título de Gigante da Colina, que é um símbolo fundamental de sua importância histórica.
Estado recheado de clubes, São Paulo detém uma diversidade de alcunhas diferentes e peculiares. Um dos mais icônicos é o apelido do Água Santa, que é o Netuno. O Francana é a Feiticeira, o Grêmio Catanduvense é a Bruxa, e o tradicional Juventus-SP é conhecido como o Moleque Travesso. Assim, evidenciando a variedade de alcunhas presentes em território paulista.
- Água Santa (Diadema) — Netuno
- Bragantino (Bragança Paulista) — Massa Bruta
- Comercial (Ribeirão Preto) — Bafo
- Francana (Franca) — Feiticeira
- Grêmio Catanduvense (Catanduva) — Bruxa
- Juventus-SP (São Paulo) — Moleque Travesso
- Nacional (São Paulo) — Ferrinho
- Noroeste (Bauru) — Norusca
- Portuguesa Santista (Santos) — Briosa
- Primavera (Indaiatuba) — Fantasma da Ituana
- Santo André (Santo André) — Ramalhão
- Taboão da Serra (Taboão da Serra) — Cão Pastor
- Taubaté (Taubaté) — Burro da Central
- XV de Piracicaba (Piracicaba) — Nhô Quim
Sul
Paraná
As alcunhas dos clubes paranaenses representam competição e força, acima de tudo, como o Athletico-PR, que é o Furacão. Seu principal rival, o Coritiba, é carinhosamente chamado de Coxa. Já o Operário-PR carrega consigo a imponência do Trem Fantasma.
- Athletico-PR (Curitiba) — Furacão
- Coritiba (Curitiba) — Coxa
- Maringá (Maringá) — Dogão
- Operário-PR (Ponta Grossa) — Trem Fantasma
- Paranavaí (Paranavaí) — Vermelhinho do Fim da Linha
Rio Grande do Sul
Mais apenas do que um jogo de futebol, a herança do futebol está enraizada na cultura do Rio Grande do Sul. Tradicional clube do estado, o Brasil de Pelotas é conhecido como Xavante, e o Novo Hamburgo é o Nóia. Já o São José-RS é apelidado de Zequinha, que representa amigavelmente o apelido do clube.
- Brasil de Pelotas (Pelotas) — Xavante
- Internacional (Porto Alegre) — Saci
- Novo Hamburgo (Novo Hamburgo) — Nóia
- São José-RS (Porto Alegre) — Zequinha
Santa Catarina
Em Santa Catarina, por fim, os clubes capturam a essência da região. O Barra, por exemplo, é conhecido como o Pescador. O Camboriú, é tido como o Terror da Baixada, e o Caxias é o Gualicho.
- Barra (Balneário Camboriú) — Pescador
- Camboriú (Balneário Camboriú) — Terror da Baixada
- Caxias (Joinville) — Gualicho
- Fluminense (Joinville) — Bailarinos do Itaum
- Marcílio Dias (Itajaí) — Marinheiro
Norte
Acre
Abrindo a região Norte, temos no Acre uma homenagem noturna. O Andirá, da cidade de Rio Branco, capital acriana, é o Morcegão.
- Andirá (Rio Branco) — Morcegão
Pará
No Pará, terra do Remo e do Paysandu, quem teve mais criatividade em termos de alcunha foi o Tapajós, lá de Santarém. Time é carinhosamente chamado de Boto da Amazônia, em alusão a um animal aquático bastante comum na região.
- Tapajós (Santarém) — Boto da Amazônia
Tocantins
No Tocantins, uma das mais jovens unidades federativas do país, o Gurupi, da cidade de mesmo nome, é o Camaleão do Sul.
- Gurupi (Gurupi) — Camaleão do Sul
Amapá
O Oratório tem como alcunha um animal pouco utilizado para o futebol. O clube, que é da capital, Amapá, é conhecido como a Orca Demolidora.
- Oratório (Macapá) — Orca Demolidora
Nordeste
Paraíba
Na Paraíba, o maior campeão do estado, o Botafogo-PB, de João Pessoa, tem uma das alcunhas mais legais do país. O clube é chamado de Belo pelos seus torcedores. Já o Sousa faz uma homenagem aos seus habitantes bem antigos da cidade de mesmo nome. O clube é carinhosamente apelidado de Dinossauro.
- Atlético-PB (Cajazeiras) — Trovão Azul
- Botafogo-PB (João Pessoa) — Belo
- Sousa (Sousa) — Dinossauro
Pernambuco
Estado com muita tradição no futebol, Pernambuco tem uma das mais interessantes alcunhas do país. É a do Ypiranga-PE, de Santa Cruz de Capibaribe, cidade importante no comércio de roupa da região Nordeste. Por isso, o clube pernambucano é a Máquina de Costura do Interior.
- Ypiranga-PE (Santa Cruz do Capibaribe) — Máquina de Costura
- Central (Caruau) — Patativa
- Serrano-PE (Serra Talhada) — Jumento de Aço
Alagoas
Em Alagoas temos um importante super-herói internacional. É o Hulk, que é um dos apelidos do Coruripe, clube da cidade de mesmo nome. Já o Dimensão Capela, de Capela, homenageia a cultura católica. O clube é o Padre.
- Coruripe (Coruripe) — Hulk
- Dimensão Capela (Capela) — Padre
Sergipe
Um dos tradicionais clubes do estado é o Itabaiana, uma das maiores forças do interior. O Itabaiana é carinhosamente chamado de Tremendão.
- Itabaiana (Itabaiana) — Tremendão
Na Bahia temos alcunhas bem interessantes. Uma delas é o Jegue, um dos apelidos do Jacobina, da cidade de mesmo nome. O clube homenageia o simpático animal tão comum na região.
- Juazeirense (Juazeiro) — Cancão de fogo
- Jacobina (Jacobina) — Jegue
- Flamengo-BA (Guanambi) — Beija-flor do Sertão