Restando menos de um ano para a COP30, que ocorre em novembro de 2025, em Belém, a capital paraense já respira o evento - e o futebol paraense não fica de fora. Neste mês, Paysandu e Remo lançaram camisas inspiradas na Amazônia, celebrando a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.
Intitulada de “Nativa”, a camisa número 1 do Papão exibe grafismos que remetem às curvas dos rios da Amazônia. Dias depois, o Leão também lançou um manto alusivo à COP. O uniforme é predominante azul, já as mangas são verdes, representando as folhas da floresta amazônica.
Pegando carona nesse conceito, o ilustrador e designer Adenirson Oliveira criou uma versão alternativa e “menos conservadora” das camisas dos rivais.
- Para ambas as camisas, eu tentei fazer algo ousado, para sair do comum em design e para mostrar que é possível manter tradição e inovar ao mesmo tempo nos uniformes, coisas que clubes nacionais e internacionais já vem fazendo há um tempo e Remo e Paysandu ainda estão muito conservadores - explica Adenirson.
Baú do Ferreira: Casos em que Remo e Paysandu foram afetados pela máfia da arbitragem
Reimaginar camisas de clubes é uma tendência entre designers, segundo Adenirson, que ressalta que o intuito é mostrar uma nova perspectiva para os fornecedoras de material esportivo “pensarem fora da caixa”.
Veja mais
+ Inspirado na Amazônia, Paysandu apresenta uniforme principal da temporada 2025; veja fotos
+ Remo lança uniforme para temporada 2025 em homenagem à COP30
Para a camisa do Paysandu, o ilustrador quis deixar as tradicionais listras da camisa mais orgânicas, “lembrando o movimento da água”.
- Decidi que as listras azul e branco não precisam ser sempre sólidas, e como a temática tinha a ver com rios ,representei um pouco da maré dos rios da Amazônia, deixando as listras mais orgânicas, com curvas, lembrando de fato um movimento na água.
A concepção da camisa 3 do Remo pensada por Adenirson, além de ressaltar a Amazônia, “fala” com vários povos, algo que representa a ideia da COP.
- Na número 3 do Remo, tentei usar um verde e um bege mais a ver com a paleta de cores da Amazonia, para que de fato gerasse identificação com a COP30, além de tornar a primeira cor, a predominante do uniforme. As camisas número 3 são mais flexíveis para fazer algo diferente e temático, por isso a cor azul ficou apenas para detalhes.
Adenirson enfatiza que tenta se manter inteirado não apenas na parte de design e ilustração, mas também na parte de gestão e marketing, porque “acaba sendo uma produção em conjunto na hora de criar algo”.
- Já é uma situação que os clubes do Sul e Sudeste já trabalham bastante e que no Norte e Nordeste ainda podem evoluir, e tem bastante potencial pra isso com artistas, profissionais e cultura local.