FPF e os 12 clubes do Parazão se unem contra episódio de misoginia na final da Segundinha

Em transmissão da final da Série B do Paraense, o comentarista "Peteca de Jesus” afirmou que "não tem nada contra, mas um um jogo de decisão não é para mulheres"

Por Redação do ge — Belém


Durante o Congresso Técnico do Campeonato Paraense de 2025, que ocorreu no último sábado, dia 7, a Federação Paraense de Futebol (FPF) e os clubes demonstraram descontentamento com o episódio de misoginia enfrentado pela árbitra paraense Gleika Pinheiro, alvo de comentários machistas na transmissão a final da Série B do Paraense, disputada entre Capitão Poço e Independente, na última quarta-feira, dia 4.

Clubes assinam nota de repúdio contra episódio de machismo — Foto: FPF

Aos 51 minutos do segundo tempo, o comentarista "Peteca de Jesus”, que estava na transmissão realizada pela TV Cidade Norte, afirmou que "não tem nada contra as mulheres", mas que um um jogo de decisão não é para ser comandado por árbitras.

Segundo a FPF, os clubes reforçaram o compromisso de “trabalhar ativamente para erradicar atitudes discriminatórias e garantir um ambiente esportivo inclusivo e acolhedor".

Gleika Pinheiro é árbitra CBF pela Federação Paraense de Futebol — Foto: Cristino Martins/O Liberal

A federação informou ainda que todas as medidas judiciais cabíveis foram adotadas para que os responsáveis pelo ato preconceituoso sejam responsabilizados.

A árbitra Gleika Pinheiro recebeu amplo apoio da FPF e dos clubes, que reconheceram sua competência e dedicação ao futebol paraense.

- O Congresso Técnico foi mais que um momento de organização para a temporada 2025. Foi também uma demonstração de que o futebol paraense não tolera atitudes que desrespeitem os valores de igualdade e respeito. Estamos unidos para fazer do futebol um espaço seguro e justo para todos - comenta Ricardo Gluck Paul, presidente da FPF.

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