Abel Ferreira quer curtir a vida sem perder de vista o título
A nova lesão de Estêvão no músculo posterior da coxa esquerda evidenciou como o Palmeiras tem sofrido com as lesões em 2024.
Até esta sexta-feira, o departamento médico do clube registrou 24 problemas médicos em 55 jogos disputados, e com isso tem a maior média de lesões por jogo em uma temporada desde a chegada de Abel Ferreira na Academia de Futebol.
A média é de 0,43 lesão por partida até esta semana de setembro, de acordo dados levantados por Guilherme Maniaudet - que faz o controle das lesões do Verdão no ge e pelo Espião Estatístico.
O número é superior às médias de outras temporadas com o treinador. Até então, o ano com mais problemas havia sido 2021, quando o Palmeiras teve uma média de 0,39 até setembro - por 29 lesões em 73 jogos. Naquele ano, o número de jogos foi bem maior devido à remarcação de partidas pela pandemia da Covid-19.
– O Palmeiras nunca teve tanta lesão desde que estou aqui – reconheceu Abel Ferreira, logo depois de perder Mayke, por lesão, diante do Cuiabá.
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O início de ano do Palmeiras ainda ficou perto de outras temporadas com Abel, mas à medida que o time chegou ao meio do calendário - com acúmulo de jogos e a disputa da Copa América sem pausa no Brasileiro - o cenário ganhou maior evidência.
Só entre julho e agosto, o Palmeiras acumulou 13 lesões – entre problemas musculares, edema e entorses –, o que é mais do que todo o primeiro semestre do time em 2024.
No entendimento do clube e da comissão técnica, o calendário é o principal vilão para esse crescimento. O Palmeiras é um dos grandes entusiastas de uma revisão nesse quesito junto à CBF. E deixa essa postura evidente há anos em seus discursos.
– O Palmeiras é um clube que nos últimos anos chega em quase todas as finais e por isso é penalizado por ter um número de jogos excessivos – afirmou o diretor de futebol, Anderson Barros, ainda em 2022, por exemplo.
As lesões do Palmeiras com Abel por temporada:
- 29 lesões em 73 jogos até setembro de 2021;
- 21 lesões em 64 jogos até setembro de 2022;
- 21 lesões em 58 jogos até setembro de 2023;
- 24 lesões em 55 jogos até setembro de 2024 (até 19/9 - Faltando pouco mais de uma semana e dois jogos para o fim do mês).
Se considerarmos o recorte somente até agosto, com números em meses completos - uma vez que setembro terá duas rodadas do Brasileiro pela frente -, a média de 2024 segue sendo a maior - com 0,43 contra 0,38 do ano passado, 0,36 de 2021 e 0,35 de 2022.
Detalhe que mesmo com o aumento da média o Palmeiras ainda está entre os clubes da Série A com menos lesões no ano. É o 5º menos afetado, no ranking do Espião Estatístico, ao se considerar o recorte até o fim de agosto - quando o Verdão tinha 23 lesões, ainda sem a de Estêvão.
Neste recorte só está atrás de Corinthians, Vasco, Bahia e Athletico - que têm 19, 17, 17 e 13. O clube com mais lesões em 2024 é o Fluminense, com 49.
Mayke tem lesão confirmada, e Vitor Reis vira dúvida para o domingo
No último domingo, Abel voltou a falar do grande desgaste devido ao excesso de jogos no Brasil. Após as eliminações na Copa do Brasil e na Conmebol Libertadores, o Palmeiras passou a ter apenas o Campeonato Brasileiro para disputar.
Há cerca de um mês, portanto, o time vem tendo semanas livres para treinar, e o rendimento dentro de campo melhorou.
– Se calhar, se a Leila quiser, se jogarmos semana a semana, consigo ficar aqui até 2027 ou 2030. Com a quantidade de jogos que temos há um desgaste muito grande, fazemos muitas viagens, jogos sem tempo de recuperação e se calhar se tivéssemos uma organização que tomasse decisões difíceis, teríamos mais jogadores de qualidade no futebol brasileiro e valorizar ainda mais – desabafou o treinador.
Média de lesões do Palmeiras até setembro:
- Média de 2021: 0,39
- Média de 2022: 0,32
- Média de 2023: 0,36
- Média de 2024: 0,43
Neste momento, o Palmeiras tem em seu departamento médico Piquerez e Bruno Rodrigues, com cirurgias no joelho, Mayke, com uma lesão no tornozelo direito, e Estêvão, com lesão no musculo posterior da coxa esquerda. Gabriel Menino, em fase final de recuperação, iniciou a transição física.
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