O que prevê um contrato de patrocínio no futebol? Normalmente, a exposição da marca em ações do time ou no uniforme em troca de dinheiro. Certo? Bom, no caso do Boca Juniors com a empresa área Qatar Airways não foi bem assim. Atual vice e candidato à presidência do clube, Riquelme revelou uma curiosa exigência para renovar o acordo, que acabou no início deste ano.
Em entrevista ao canal TyC Sports, o ídolo xeneize disse que o governo do Catar, dona da empresa aérea, pediu a contratação “do camisa 9” da seleção asiática. E mais. O pedido veio por intermédio do ex-presidente e seu concorrente nas próximas eleições, Maurício Macri.
– Eu sabia seis meses antes que íamos ficar sem patrocinador, porque esse senhor (Macri) que quer nomear o novo presidente me disse que, se não trouxéssemos o camisa 9 da seleção do Catar para promovê-lo para a Copa do Mundo em dezembro, nós ficaríamos sem patrocinador – declarou Riquelme.
Riquelme declarou que nem sequer sabia quem era o jogador e logo recusou. No início deste ano, o Boca Juniors ficou sem patrocinador principal e atuou durante quase toda a temporada de 2023 sem exibir uma marca na camisa.
O atacante “recomendado” pelo Catar era Almoez Ali, principal jogador da seleção do país e que joga no Al Duhail. Riquelme nem quis saber quem era.
– Eu amo este clube. Prefiro Benedetto e Cavani a trazer, com todo o respeito do mundo, o camisa 9 do Catar, que não sei quem é. Eu disse não – declarou o dirigente.
“Como vão me forçar a trazer um 9 do Catar? Eles estão me cobrando? Além disso, não tínhamos uma vaga para estrangeiros”, reiterou.
Jornalista argentino que vive em Dubai, Rashid Garcia repercutiu a entrevista e disse que a história procede. Ele ainda afirmou que Almoez Ali foi oferecido a outros clubes argentinos em troca do patrocínio da estatal catari.